Luís Castro: "Não devemos dizer que foi demérito de Portugal mas sim mérito de Marrocos"

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Luís Castro: "Não devemos dizer que foi demérito de Portugal mas sim mérito de Marrocos"
Luís Castro analisou a eliminação da Seleção Nacional
Luís Castro analisou a eliminação da Seleção NacionalVítor Silva/Botafogo
Luís Castro, treinador português de 61 anos que orienta o Botafogo, do Brasil, e que está a comentar o Mundial-2022 para o canal televisivo Sportv, daquele país, analisou a eliminação de Portugal diante de Marrocos, com a derrota por 0-1 nos quartos de final da competição.

"Temos de separar o jogo em duas partes distintas. Uma primeira parte em que Portugal, com o domínio do jogo, teve sempre processos muito lentos… Foi sempre muito previsível ao longo do jogo, denunciou sempre o que ia fazer, permitiu a Marrocos ajustar em função daquilo que queria fazer. Portugal não criou qualquer tipo de problemas a Marrocos", começou por analisar Luís Castro.

"Depois a segunda parte foi vivida muito pelo coração, pouca razão, em que se instalou aquilo que nós, por vezes, denominamos de caos na equipa momentâneo, mas em Portugal ao longo de mais tempo. Foi um conjunto de emoções que foram vividas e não deixaram que houvesse a clarividência necessária", identificou o treinador português, deixando elogios a Marrocos, que vai agora medir forças com a França nas meias-finais.

"Não devemos dizer que foi demérito de Portugal, mas sim mérito de Marrocos. O futebol de Marrocos assenta numa ideia de jogo que normalmente nós não gostamos, mas para mim a arte de defender é tão arte como a de atacar e muitas vezes até mais complexa. Para defender com onze tem de haver uma grande coordenação, a atacar um jogador pode resolver um jogo. Marrocos mostra isso, mas muito mais. Mostra que a forma de como nós nos dedicamos ao jogo, a dimensão mental, é a mais importante de todas as dimensões de rendimento. Fala-se de técnica, tática, lado físico, mas o mental é o mais decisivo e Marrocos tem dado uma lição ao mundo do futebol. Quando somos determinados e acreditamos no que fazemos, as coisas podem mesmo dar certo", explicou Luís Castro.