A temporada 2023 arranca já esta segunda-feira e no Ninho do Urubu, quartel-general do Flamengo, estará uma cara bem conhecida aos adeptos do clube brasileiro: Mário Monteiro está de regresso ao clube, enquanto preparador físico, depois de ali ter passado com Jorge Jesus.
Agora, volta a convite de Vítor Pereira, retomando um caminho que, admite, não devia ter sido interrompido quando Jorge Jesus decidiu regressar ao Benfica.
"A expectativa é muito grande. Já tinha dito ao Jorge Jesus que na Europa eu não trabalhava mais, já tinha dado por encerrada a minha carreira. Gostaria de ter terminado no Benfica de uma maneira melhor, e optei por ficar um ano sem trabalhar. Em clubes, só o Flamengo, que me tinha oferecido a permanência em 2020, mas fui leal ao meu treinador. Estou muito feliz! Volto para uma casa que gosto muito e sempre fui muito bem tratado. Tenho um carinho especial. As expectativas são elevadas", admitiu Mário Monteiro ao Globoesporte.
Aos 58 anos, depois de uma carreira inteira ao lado de Jorge Jesus, desde 1993 até 2021, com dez clubes no currículo, Mário Monteiro junta-se agora a Vítor Pereira, treinador que conheceu na Universidade, bem como Rui Quinta, agora adjunto.
"Retomámos contacto para conversarmos sobre o futebol brasileiro e nunca mais parámos de falar. Nasceu uma relação, encontrámo-nos em São Paulo e sempre conversámos sobre futebol. Até que um dia perguntou-me se podia ligar para me falar sobre o assunto", lembra Mário Monteiro. O assunto era... o Flamengo.
"Dei-lhe as melhores referências possíveis. O Vítor estava um pouco indeciso mas falei-lhe sobre o clube, a cidade, os adeptos. No fim dessa conversa ele disse-me: Se eu for, faço questão que me acompanhes", confessou Mário Monteiro, um autêntico ídolo no Flamengo, mesmo depois da saída, com várias manifestações de carinho nas redes sociais.
"Nunca me aconteceu algo assim na minha carreira. Os adeptos estavam ansiosos para que eu voltasse ao Flamengo. Recebi várias mensagens nas redes sociais ao longo do ano passado. É uma coisa enorme e que não estou habituado. Sou uma pessoa de trato fácil, mas não esperava tanto apoio. Mesmo quando estava no Benfica o adepto do Flamengo demonstrava esse carinho. Mas é algo que não conquistei sozinho. É um trabalho de toda a equipa técnica. Todos têm a sua importância", lembra Mário Monteiro.