Red Bull
Motor: Grupo motopropulsor Honda-Red Bull
Chefe de Equipa: Christian Horner (Reino Unido)
Pilotos: Max Verstappen (Países Baixos), Sergio Perez (México)
A preparação da Red Bull para a nova época foi dramaticamente perturbada pelo inquérito em curso a Christian Horner.
Inevitavelmente, foi Horner que ocupou as manchetes no lançamento da equipa este mês, na sua primeira aparição pública desde que surgiram as notícias de uma alegação de comportamento controlador e inapropriado contra ele por parte de uma funcionária.
No entanto, foi o carro do campeão mundial recordista de 2024, o RB20, que deveria ter sido o verdadeiro espetáculo.
Os gigantes austríacos da F1 começaram a desenvolver o carro de 2024 a meio da época passada e o resultado é um design agressivamente diferente, que fez jus à sua aparência ousada com um ritmo sinistro nos testes.
Verstappen, que procura o quarto título consecutivo, dominou o primeiro dia, testando o carro ao longo da distância de dois grandes prémios.
O neerlandês, que nunca gosta de hipérboles, disse: "O carro estava a responder bem".
Quando os três dias de testes terminaram, Lewis Hamilton e Charles Leclerc não tinham dúvidas de que, mais uma vez, a Red Bull era a equipa a bater nesta temporada recorde de 24 corridas.
A F1 e os seus fãs esperam que a Mercedes, a Ferrari e companhia não capitulem tão facilmente como em 2023, quando a Red Bull abriu caminho para 21 das 22 vitórias em corridas.
Mercedes
Motor: Mercedes
Chefe de Equipa: Toto Wolff (Áustria)
Pilotos: Lewis Hamilton (Reino Unido), George Russell (Reino Unido)
A Mercedes ultrapassou a Ferrari por três pontos e ficou a três pontos da Red Bull, mas ficou a 451 pontos dos campeões em título. Hamilton ficou em terceiro e Russell em oitavo no campeonato de pilotos.
A revelação de Hamilton de que irá pilotar para a Ferrari na próxima época foi, sem dúvida, a maior mudança de pilotos desde que Hamilton anunciou que se ia juntar à Mercedes, vindo da McLaren, em 2013. O sete vezes campeão vai querer sair em alta.
Na época passada, as Flechas de Prata não conseguiram vencer uma corrida pela primeira vez desde 2011, continuando a pagar a penalização por um design inovador que se revelou uma maldição para conduzir, quando foram introduzidos novos regulamentos de força no solo em 2022.
O chefe da equipa, Toto Wolff, mostrou-se otimista em relação ao design do carro deste ano, que, segundo ele, criou um "burburinho na empresa que é algo que não via há muitos anos".
"Este é um relançamento completo de um carro. É muito diferente, não só na frente aerodinâmica, mas principalmente por baixo", disse.
As avaliações iniciais do desempenho nos testes, notoriamente difíceis de avaliar, foram positivas, pois os campeões caídos estavam de volta ao caminho certo para o longo adeus de Hamilton.
"Comparado com o carro do ano passado, o feedback dos pilotos é muito diferente e mais positivo, o que é encorajador", disse Andrew Shovlin, chefe de engenharia da Mercedes na pista, ao F1.com.
"A equipa trabalhou arduamente para corrigir as falhas de manuseamento que eram parte integrante do W14, e é ótimo que pareçamos ter posto alguns desses problemas para trás das costas", acrescentou.
Ferrari
Motor: Ferrari
Chefe de Equipa: Frederic Vasseur (França)
Pilotos: Charles Leclerc (Mónaco), Carlos Sainz (Espanha)
O único homem a parar o comboio da Red Bull na época passada foi Carlos Sainz, em Singapura. O espanhol estará desejoso de conquistar mais algumas bandeiras axadrezadas antes de deixar o seu lugar para Hamilton em 2025.
Os testes correram de forma positiva para a marca italiana, que conquistou o último dos seus 15 títulos mundiais de pilotos em 2007 - terminaram no topo dos tempos no segundo e terceiro dias. Mas Leclerc não se entusiasmou com o seu desempenho durante os três dias no Bahrein esta semana.
"É como todos os testes de inverno, o que significa que não percebemos nada, não sabemos os níveis de combustível de todos os outros. Mas a minha sensação inicial é que a Red Bull ainda está um pouco à frente", afirmou.
Numa nota mais positiva, considerou que a "dirigibilidade" do carro deste ano é muito melhor do que no ano passado e "isso vai ajudar-nos nas corridas longas".
Leclerc tirou um dia e meio de folga durante um inverno atarefado para se dedicar à sua outra paixão, a música, produzindo um álbum EP de quatro canções, "Dreamers", com o seu amigo Sofiane Pamart, em Paris.
Se ele e Sainz conseguem atingir as notas certas na pista este ano, será mais claro no Bahrain, na abertura da época, no próximo fim de semana.
O que é evidente é que, sob o comando de Frederic Vasseur, nomeado chefe de equipa na época passada, os homens de Maranello são agora uma força muito mais forte do que antes da sua chegada, quando uma série de auto-golos táticos prejudicaram o seu progresso.
Vasseur foi fundamental para garantir que Hamilton terminará o seu carro de F1 rodeado de vermelho no cockpit.
McLaren
Motor: Mercedes
Chefe de Equipa: Andrea Stella (Itália)
Pilotos: Lando Norris (Reino Unido), Oscar Piastri (Austrália)
Um início lento de 2023 sob o comando do novo chefe de equipa, Andrea Stella, foi rapidamente esquecido quando, após uma remodelação a meio da época, a McLaren começou a ganhar ritmo.
Lando Norris ficou atrás apenas de Verstappen em pontos marcados nas últimas doze corridas. A contagem final de 205 pontos do piloto de 24 anos deixou-o em sexto lugar na classificação dos pilotos. A McLaren ficou em quarto lugar nos construtores, com a ajuda dos 97 pontos conquistados pelo talentoso estreante australiano, Oscar Piastri.
Apesar desta segunda metade encorajadora, o diretor executivo da McLaren, Zak Brown, manteve os pés assentes na terra relativamente às expectativas para esta época.
"Estamos todos entusiasmados para voltar a correr, mas sabemos que temos uma longa temporada pela frente e muito trabalho ainda a fazer para garantir que aproveitamos o progresso que fizemos ao longo de 2023", explicou.
Norris, que assinou um novo contrato com a equipa da papaia na época passada, acredita que "ainda há uma grande diferença em relação a alguns dos que estão à frente", tendo em conta a exibição da McLaren nos testes.
"Estamos definitivamente um pouco atrás da Ferrari e um pouco atrás da Red Bull - acho que eles estão claramente muito à frente", disse.
"Por isso, ainda temos muito trabalho a fazer durante a próxima semana para tentar reduzir essa diferença", acrescentou.
"Estamos em boa forma e mais ou menos onde esperávamos estar, mas ainda temos algum trabalho a fazer", assumiu ainda.
Aston Martin
Motor: Mercedes
Chefe de Equipa: Mike Krack (Luxemburgo)
Pilotos: Fernando Alonso (Espanha), Lance Stroll (Canadá)
A Aston Martin espera emular o impacto que teve no início da época passada, com o bicampeão mundial Fernando Alonso a falhar o pódio apenas duas vezes nas primeiras oito corridas.
Embora essa tremenda forma fosse sempre difícil de manter, a equipa terminou 2023 em quinto lugar, com Alonso em quarto no campeonato de pilotos, a sua melhor classificação desde que assumiu o Racing Point para a campanha de 2021.
Parcialmente financiada pelo pai do companheiro de equipa de Alonso, Lance Stroll, a Aston tem a ambição de alterar o domínio da Red Bull. Se esta é a última temporada de Alonso com a equipa, isso ainda está em aberto, com o lugar de Hamilton na Mercedes vago a partir de 2025, enquanto a Red Bull poderá ter uma vaga, uma vez que o contrato de Perez expira no final do ano.
"Só há três campeões do mundo na grelha e eu sou o único disponível para 2025, por isso estou numa boa posição", disse, no lançamento, o eterno piloto de 42 anos, que considera que pode continuar a correr até aos 50 anos.
Seja qual for o futuro, Alonso está firmemente concentrado em cimentar o lugar da Aston como líder.