Lewis Hamilton diz que a F1 precisa de "fazer melhor" para evitar aborrecer os adeptos

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Lewis Hamilton diz que a F1 precisa de "fazer melhor" para evitar aborrecer os adeptos
Lewis Hamilton já está em Miami para a quinta corrida da temporada
Lewis Hamilton já está em Miami para a quinta corrida da temporadaAPF
Lewis Hamilton, sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1, diz que o desporto tem de "fazer melhor" para criar uma competição mais apertada, entre receios de que o domínio da Red Bull possa resultar em aborrecimento para os fãs da modalidade.

Max Verstappen, da Red Bull, vencedor dos dois últimos campeonatos, lidera a classificação dos pilotos depois de dividir as quatro primeiras corridas da temporada com o companheiro de equipa Sergio Perez.

Ao chegarem para o Grande Prémio de Miami, no próximo domingo, os pilotos falaram abertamente sobre a vantagem dos carros da Red Bull em relação ao resto do pelotão com a Ferrari.

Hamilton foi questionado se havia o perigo de os fãs americanos perderem o interesse pela Fórmula 1, dado o domínio total de uma equipa, e o piloto da Mercedes disse que, embora ainda encontrasse entusiasmo, compreendia as preocupações.

"Não é aborrecido para mim. Sou desafiado todos os dias a tentar voltar para a frente. Por isso, na minha perspectiva, não é aborrecido. Mas como fã de corridas que está a ver, consigo compreender. Porque não há tanta competição como aquela a que talvez estejam habituados na NFL e na NBA neste momento. Isso não é obra minha. Penso que, enquanto desporto, temos de fazer melhor", afirmou Lews Hamilton.

"Já tentaram aproximar as equipas, mas parece que nunca resulta. Tudo o que posso dizer é que estamos a trabalhar o mais que podemos para fechar o jogo e voltar a isso. Dar-lhes um pouco mais de emoção", acrescentou o piloto britânico.

Em três das quatro corridas desta época, a Red Bull ocupou os dois primeiros lugares do pódio, com o segundo lugar de Hamilton na Austrália a ser a única exceção.

O companheiro de equipa de Hamilton na Mercedes, George Russell, sugeriu que os fãs podem querer concentrar-se, não na corrida para o vencedor, mas na disputa entre os melhores... do resto.

"Penso que a competição que temos neste momento com a Ferrari e a Aston Martin, em todas as corridas em que participamos, é muito próxima entre nós na qualificação e o ritmo é muito próximo na corrida", afirmou.

"Se fosse uma luta pela vitória, provavelmente seria uma das temporadas mais emocionantes que vimos em muito, muito tempo e é obviamente uma pena que haja mais dois carros bem à frente. Então, esqueça esses dois e apenas assista da P3, pode ser um pouco mais emocionante", reagiu George Russell, admitindo que o problema é real e difícil de lidar.

"É um desafio. Em nenhum desporto queremos ver alguém dominar e queremos ter competição e é isso que todos queremos num mundo ideal. Temos 20 pilotos e 10 equipas, todos capazes de ganhar todas as corridas se fizermos o trabalho certo", explicou.

As novas regras técnicas da F1, introduzidas na época passada, estão a ser responsabilizadas por alguns pela falta de entretenimento, mas Fernando Alonso, da Aston Martin, afirmou que era necessário dar-lhes mais tempo.

As regras foram concebidas para criar um campo mais próximo e encorajar as ultrapassagens, mas embora haja poucos sinais de que isso esteja a acontecer, o espanhol, bicampeão mundial, disse que é preciso paciência.

"Se a Red Bull não estivesse tão à frente, seria uma luta muito interessante, com três ou quatro equipas a 0,1-0,2 segundos de distância, e talvez nessa altura disséssemos que as regras foram um sucesso", afirmou o piloto espanhol.

Críticas e sugestões

Lewis Hamilton, embora simpatize com os objetivos das alterações às regras, disse que estas precisam de ser analisadas.

"Não sei qual é a solução para o futuro, mas acho que vamos ter de continuar a adaptar estes regulamentos, caso contrário, pode ser o mesmo que é agora durante anos", afirmou o piloto da Mercedes.

Já Fernando Alonso defendeu que o sobreaquecimento dos pneus nos carros era um fator que estava aa afetar a competição, uma visão que foi apoiada por Carlos Sainz, da Ferrari.

Verstappen, o atual campeão de Miami, estava preocupado com o facto de os carros atuais limitarem a oportunidade de ultrapassagem.

"Os carros são provavelmente demasiado pesados, demasiado rígidos, por isso não se pode fazer uma curva para tentar encontrar uma linha um pouco diferente", disse o neerlandês.

"Toda a gente está a conduzir mais ou menos na mesma linha hoje em dia, devido à forma como os carros funcionam", defendeu o bicampeão mundial.