Reveja aqui as incidências da partida
O Estádio Internacional Khalifa recebeu a partida inaugural da fase a eliminar do Campeonato do Mundo 2022. Em Doha, enfrentaram-se pela primeira vez em jogos oficiais e a sexta, contando com os amigáveis. O saldo é bastante favorável aos Países Baixos, que chegavam a este duelo com quatro vitória sobre os Estados Unidos. Ainda assim, os norte-americanos assustavam depois de terem vencido o jogo anterior (4-3) e de terem deixado boas indicações na fase de grupos desta competição.
Relativamente a essa primeira fase do Mundial do Catar, Louis van Gaal manteve o onze que utilizou na última partida, não promovendo qualquer alteração na sua equipa. Gregg Berhalter também tem sido conservador e, desta feita, fez apenas duas modificações: Jesús Ferreira entrou para o lugar do lesionado Josh Sargent e Walker Zimmerman substituiu Cameron Carter-Vickers.
Os Estados Unidos entraram bem no desafio e procuraram surpreender os neerlandeses logo no segundo minuto de jogo, altura em que Pulisic apareceu isolado e, no duelo com Noppert, o guardião rubricou uma fantástica defesa com a perna esquerda. No entanto, o bom início dos norte-americanos foi rapidamente desfeito: grande jogada coletiva dos Países Baixos, a bola chegou a Dumfries, na direita, que tirou o cruzamento atrasado e, junto à marca de penálti, Memphis Depay apareceu a rematar de pronto para o golo inaugural.
Depois do golo, a equipa americana assumiu o controlo das operações, com os europeus a recuarem o bloco de modo a defenderem a vitória, apostando no contra-ataque. Os Estados Unidos não conseguiam penetrar na defensiva neerlandesa, que aproveitava o espaço para sair com perigo para o ataque. Ao minuto 42, Noppert voltou a aparecer, desta feita a negar o golo a Timo Weah, que desferiu um remate fortíssimo de fora da área.
Todavia, contrariando a toada do jogo, a Laranja Mecânica chegou ao segundo golo no tempo de compensação: numa jogada fotocópia do primeiro golo, Dumfries voltou a cruzar atrasar e, desta feita, Daley Blind apareceu a encher o pé direito na zona de penálti. O 2-0 favorável aos Países Baixos seguiu para o segundo tempo, depois da equipa de Van Gaal ter marcado a abrir e a fechar.
A etapa complementar começou com os treinadores a operarem três substituições, com Steven Bergwijn e Teun Koopmeiners a entrar nos neerlandeses e Giovanni Reyna a substituir o apagado Jesús Ferreira nos norte-americanos. A primeira oportunidade pertenceu mesmo à equipa de Berhalter, com Ream a desviar para a baliza e Gakpo a aliviar em cima da linha de golo.
Os neerlandeses responderam e, após novo cruzamento de Dumfries, Depay desviou e Turner negou-lhe o bis. Ao contrário da primeira parte, os Yankees conseguiam chegar com perigo à área dos Países Baixos e essa toada manteve-se: Pulisic atirou à figura (53 minutos) e McKennie por cima (54). Na resposta, Memphis voltou a tentar o golo à entrada da área, mas Turner voltou a defender com grande categoria.
O jogo entrou na fase decisiva com Matt Turner a voltar a aparecer, e com classe: Koopmeiners atirou de longe para uma primeira intervenção do guarda-redes que, na recarga, voltou a aparecer após um cabeceamento de Depay. Momentos depois, Depay isolou Wright com um mau passe e, após contornar Noppert, o avançado rematou para novo corte em cima da linha de baliza, desta feita de Dumfries.
Após a cobrança do pontapé de canto na direita, Pulisic cruzou rasteiro na direita e, com um remate fantástico e muito fortuito, Haji Wright marcou um dos grandes golos desta edição do Mundial, reduzindo a desvantagem para apenas um golo. Os neerlandeses responderam de imediato, com os papéis a inverterem-se: Blind tirou o cruzamento do lado esquerdo e Dumfries apareceu, ao segundo poste, a finalizar de pé esquerdo, sentenciando a partida e coroando a sua fantástica exibição com um golo.
Até ao apito final, os Países Baixos controlaram a vantagem e geriram as principais figuras da equipa, possibilitando a estreia do jovem Xavi Simons. Com esta importante vitória, os neerlandeses apuram-se para os quartos de final, onde vão defrontar o vencedor da partida que fecha este sábado, entre a Argentina e a Austrália.
Homem do jogo Flashscore: Denzel Dumfries (Países Baixos)
