"Ainda não sabemos o custo dos Jogos Olímpicos", disse Pierre Moscovici,"o Tribunal de Contas fará uma auditoria após a competição". "Os Jogos Olímpicos deverão custar entre 3, 4 e 5 mil milhões de euros, veremos, mas isso não terá um impacto absolutamente enorme" na dívida, acrescentou.
A uma pergunta de um auditor sobre o impacto dos Jogos Olímpicos 2024 na dívida, Pierre Moscovici respondeu que seria "moderado".
Até agora, Pierre Moscovici tinha falado de um montante de 3 mil milhões de euros de fundos públicos para os Jogos Olímpicos. Em 2023, os documentos orçamentais indicam um investimento público de 2,44 mil milhões de euros (incluindo 1,3 mil milhões de euros para o Estado e 260 milhões de euros para a cidade de Paris).
Mas a fatura pública total é impossível de calcular porque nem todos os custos são conhecidos. Recentemente, por exemplo, foram acrescentados os prémios de 1.900 euros dados aos polícias, o que poderia acrescentar 500 milhões de euros à fatura pública.
Atualmente, a fatura provisória dos Jogos Olímpicos - dinheiro público e privado juntos - é de cerca de 9 mil milhões de euros.
O Comité Organizador dos Jogos Olímpicos (Cojo) tem um orçamento de 4,4 mil milhões de euros, 96% dos quais são dinheiro privado, a que se junta o orçamento da Solideo, responsável pela construção das estruturas permanentes, também de cerca de 4,4 mil milhões de euros, dos quais 1,7 mil milhões são dinheiro público.
Como sinal de que os tempos são difíceis para equilibrar o orçamento, a apenas quatro meses dos Jogos Olímpicos, o Cojo pediu recentemente à região de Ile-de-France que pagasse a deslocação de 200 mil pessoas acreditadas (atletas, funcionários, jornalistas, etc.), o que representa um orçamento de pouco menos de 10 milhões de euros.
O Cojo pode"maximizar" as suas receitas, uma vez que"ainda tem patrocinadores para trabalhar" e"bilhetes para vender", segundo Valérie Pécresse, entrevistada pela AFP na terça-feira.