George será o capitão da Inglaterra pela primeira vez, depois de Owen Farrell ter decidido não participar na edição deste ano por motivos de saúde mental. O hooker vai liderar uma equipa jovem, com cinco caras novas no plantel de 23 jogadores de Steve Borthwick, enquanto a Inglaterra tenta vencer as Seis Nações pela primeira vez em quatro anos.
"Tentei não pensar muito nisso. Vai ser um dia emotivo. De qualquer forma, sou uma pessoa bastante emotiva", disse George aos jornalistas na quinta-feira: "Tenho alguns familiares a viajar de avião, outros que não podem voar, por isso, poder pôr um sorriso (na cara) da minha família lá em casa vai significar muito. A afirmação óbvia é que se trata de um sonho tornado realidade. Acho que nunca nos podemos preparar para momentos como este, por isso quero estar no momento o mais possível."
George disse que quer ajudar os novos rapazes, incluindo o central Fraser Dingwall, que será titular no primeiro jogo de teste, a aproveitar a novidade do râguebi internacional e a não deixar que tudo passe a correr.
"Mensagens semelhantes para os rapazes que vão jogar pela primeira vez, porque esse foi o melhor conselho que recebi antes da minha primeira partida. É assim que funciona", acrescentou George, estalando os dedos.
O jogo de sábado deveria, em teoria, ser relativamente simples para a Inglaterra, que nunca perdeu com a Itália, mas a Rosa Vermelha não vence uma partida de abertura numa campanha das Seis Nações desde 2019. O treinador principal Borthwick está a tentar aproveitar o terceiro lugar da Inglaterra no Campeonato do Mundo do ano passado e pressionar os favoritos do pré-torneio França e Irlanda.
"Falo muito com os jogadores sobre a mentalidade e a intensidade que precisamos de trazer para isto", disse Borthwick aos jornalistas: "Porque isso tem de ser diferente do que aconteceu no início dos anteriores torneios das Seis Nações. Por isso, estou certamente à espera disso."
Quesada começa o seu reinado como treinador da Itália com um enorme teste após apenas algumas semanas com a nova equipa, uma que foi em grande parte desenvolvida pelo seu antecessor Kieran Crowley.
No lançamento das Seis Nações, no mês passado, em Dublin, Quesada, antigo jogador argentino, disse que tem "muito respeito pelo que foi feito antes" sob o comando de Crowley. A sua equipa para o jogo com a Inglaterra reflecte isso mesmo.
A Azzurra foi massacrada pela França e pela Nova Zelândia no Campeonato do Mundo e perdeu os cinco jogos do Torneio das Seis Nações do ano passado, mas por vezes pareceu capaz de fazer sangue no nariz.
"Sabemos que a Inglaterra vai colocar-nos sob muita pressão. Nem tudo o que fizermos será perfeito devido ao pouco tempo que tivemos juntos, mas a preparação para o jogo foi boa", disse Quesada aos repórteres na quinta-feira: "O que é certo é que vamos ver uma equipa italiana com uma extraordinária vontade, paixão e desejo de fazer bem."