Râguebi: Itália entra na era Quesada

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Râguebi: Itália entra na era Quesada

Gonzalo Quesada em Roma nesta terça-feira
Gonzalo Quesada em Roma nesta terça-feiraAFP
O novo técnico da Itália, o argentino Gonzalo Quesada, não fará nenhuma revolução, nem na equipa técnica nem no estilo de jogo. O treinador quer "manter o básico", disse esta terça-feira em Roma, durante a sua apresentação oficial.

Desde a sua nomeação como treinador da Azzurra, a 16 de junho, Quesada tem estado num frenesim. Teve aulas de italiano, assistiu a todos os jogos da nova equipa antes e durante o Campeonato do Mundo e teve "cento e cinquenta ideias", mas o antigo internacional argentino (38 jogos), que até junho era treinador do Stade Français (2013-2017 e 2020-2023), guardou-as para si.

Está à espera de conhecer a sua equipa, que será a mesma que a do seu antecessor, o neozelandês Kieran Crowley, e os seus jogadores, antes de iniciar "um processo de reflexão aprofundada sobre a nossa visão comum, a nossa identidade e a nossa cultura", explicou à AFP.

O novo treinador da Azzurra assume o comando de uma equipa que "progrediu nos últimos dois anos, que é 11.ª do mundo, que se qualificou para o próximo Campeonato do Mundo, mas que ainda vem de duas derrotas muito negativas contra a Nova Zelândia (96-17, ndr.) e a França (60-7, ndr.)", resumiu o presidente da Federação Italiana, Marzio Innocenti.

Primeiro argentino

"Não deve ajudar-nos a ganhar o Torneio das Seis Nações, não deve vencer a França, a Irlanda, a África do Sul ou a Nova Zelândia", disse, sem revelar se os objetivos de resultados tinham sido atribuídos a Quesada, que tem contrato até ao Campeonato do Mundo de 2027.

O primeiro argentino a assumir o comando da seleção italiana XV encara a nova tarefa "com muita humildade": "Não tenho nada a aprender sobre o râguebi italiano, cabe-me a mim descobrir a sua cultura". Mas Quesada, que fez parte da equipa técnica dos Bleus de 2008 a 2011 e depois dos Pumas em 2018, vai ter de ser rápido.

Para preparar o seu primeiro jogo, a 3 de fevereiro, contra a Inglaterra, em Roma, na jornada de abertura do Torneio das Seis Nações de 2024, Quesada só terá dois dias para estar com os seus jogadores. "É por isso que tenho de me concentrar no essencial e aproveitar o que eles fizeram até agora", insistiu.

Filosofia de ataque

"É uma equipa que gosta de atacar e manter a bola. Temos de manter essa atitude, mas também temos de trabalhar muito na nossa defesa, na nossa conquista e na nossa disciplina", continuou.

Com jogadores de alto potencial, como o ponta Paolo Garbisi e o lateral Ange Capuozzo, ele sabe que a Itália é capaz de grandes feitos, como demonstrou ao vencer o País de Gales no Torneio de 2022, além de Austrália e Samoa no outono de 2022.

"Podemos então desenvolver este ataque de que estes jogadores gostam e de que eu também gosto. Essa tem sido a minha filosofia em todos os lugares por onde passei, mesmo que na última temporada no Stade Français tenhamos nos adaptado ao elenco e ao que estava sendo feito no Top 14", explicou o treinador, que foi coroado campeão francês em 2015.

Quesada vai mudar-se para perto de Milão, para estar próximo dos dois clubes federados de Parma e Treviso, e não tem dúvidas de que a sua adaptação será "fácil". "Passei metade da minha vida na Argentina e a outra metade em França. Espero, com humildade, poder deixar uma pequena marca na história desta equipa italiana", concluiu.