"Claro que há muita tensão entre nós", admitiu a número dois mundial, após vencer por 6-2 e 6-3 a graga Maria Sakkari nas meias-finais de Indian Wells.
"Mas continuo convencida de que não fiz nada de mal aos ucranianos. Nem eu nem os desportistas russos, nem bielorrussos, nenhum de nós fez algo de mal", afirmou.
Aryna Sabalenka destacou ainda que "nenhuma de nós tem controlo nesta situação".
"Todas tentamos apenas manter a calma no balneário. (...) Todas entendemos as ucranianas e sentimo-nos mal por elas", vincou.
O mundo do ténis continua a lidar com os efeitos do conflito armado e, na última semana, Lesia Tsurenko desistiu do torneio de Indian Wells precisamente antes de defrontar Sabalenka na terceira ronda, após uma conversa que teve com Steve Simon, responsável da WTA, sobre a guerra.
Depois, Iga Swiatek colocou-se do lado da tenista ucraniana e pediu à WTA que tome mais ações em relação à invasão russa, prestando maior apoio às jogadoras ucranianas, enquanto Sabalenka sublinhou que "ninguém pode controlar as emoções das outras pessoas".
"Acho que a WTA está a fazer um grande trabalho para apoiar ambas as partes", disse, antes de apontar outras possíveis razões para o abandono de Tsurenko.
"Penso que a retirada de Tsurenko esteve mais relacionada com um ataque de pânico ou com uma situação política. (...) No ano passado tive uma situação muito dura com o seu treinador pela forma como se comportou comigo. Acho que esse tipo a pressionou muito e por isso aconteceu o que aconteceu", atirou, sem detalhar o incidente.
"Eu passei por muitos momentos maus, mas, infelizmente, não sou capaz de falar deles. Porque é que alguém há de acreditar na rapariga bielorrussa? Mais vale não falar", acrescentou, visivelmente emocionada.