O sérvio número um do mundo está a tentar conquistar um histórico 25.º Grand Slam em Melbourne, onde já ganhou o título 10 vezes. Djokovic já é o jogador mais condecorado do ténis masculino, com mais dois majors no currículo do que o lesionado Rafael Nadal e quatro à frente do aposentado Federer, companheiros do chamado "Big Three".
O jogador de 36 anos teve uma rivalidade histórica com o grande suíço, vencendo 27 dos 50 jogos que disputaram.
Está a tentar conquistar o 11.º Open da Austrália em Melbourne para se distanciar de Margaret Court, que também tem 24 títulos de singulares do Grand Slam.
Na sexta-feira, Djokovic ultrapassou Tomas Martin Etcheverry, 30º cabeça de série, no seu 100º jogo no torneio, parecendo estar perto do seu melhor, depois de desempenhos irregulares nas duas primeiras rondas. Após a sua vitória na Rod Laver Arena, Djokovic foi convidado a refletir sobre o início da sua carreira, quando procurava desafiar as potências estabelecidas no jogo.
"Sei que o Federer não gostava da forma como eu me comportava no início", disse. "Acho que ele não gostou muito. Não sei quanto aos outros. Acho que não era o tipo de pessoa preferido de alguns dos melhores, porque não tinha medo de dizer que queria ser o melhor jogador do mundo. Estava confiante e senti que tinha o jogo para o apoiar".
Mas Djokovic, que enfrenta o francês Adrian Mannarino, 20.º cabeça de série, nos oitavos de final, disse que nunca faltou ao respeito.
"O respeito é algo que me foi ensinado e que tem de estar presente independentemente do que está a acontecer", afirmou: "Obviamente, no court podem acontecer muitas coisas no calor da batalha. Já foi há muito tempo, há 20 anos, que fiz a minha primeira estreia, penso eu, no circuito profissional. É realmente difícil dizer quem gostou mais ou menos de mim".
E o sérvio deu uma ideia do que o motiva, dizendo que se sente motivado pelo que considera ser uma crítica injusta.
"Se eu cometesse um erro, admitia-o e, claro, dizia que tinha cometido um erro, levantava a mão, pedia desculpa ou qualquer outra coisa", acrescentou: "Mas se as críticas surgissem sem qualquer razão específica, penso que continuaria a seguir a direção que escolhi e pronto. Eu sabia e sei hoje que não se pode ter toda a gente a gostar de nós, de quem somos, de como jogamos, de como nos comportamos, do que falamos. É normal. Somos todos diferentes. Todos temos preferências diferentes".