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Carlos Alcaraz, que esteve perto de não disputar este Masters 1000 devido a uma lesão no tornozelo sofrida em fevereiro, pôs fim a uma invulgar seca de títulos que remontava ao último Wimbledon, em julho.
- Foram meses sem ganhar um título, quando ganhou o match point que emoções sentiu?
- É difícil pôr as coisas em palavras, porque tive uns meses muito difíceis. Nos últimos dois meses, tive dificuldade em encontrar-me. Não me diverti em campo. É muito importante para mim levantar este troféu porque ultrapassei muitos problemas na minha cabeça, muitos problemas físicos. Foi muito especial por causa disso, não por não ter ganho um torneio desde Wimbledon. Para mim, isso não tem importância. O que importa é a sensação.
- Por que é que se divertiu menos em campo neste período sem títulos?
- Foi um período muito difícil depois de Wimbledon. Não conseguia encontrar o meu estilo, o meu jogo (...) No final do ano não joguei bem, mas isso não importava porque estava a divertir-me. Os últimos meses foram difíceis porque não conseguia encontrar-me. Era difícil para mim divertir-me em campo. A minha família, a minha equipa, as pessoas que me são próximas disseram-me que o que se passava comigo era que eu já não sorria tanto como antes.
- Tornou-se o segundo jogador a ganhar cinco títulos de Masters 1000 antes de completar 21 anos, a seguir a Rafael Nadal. Falaram da possibilidade de jogarem em dupla nos Jogos Olímpicos de Paris durante a vossa exibição em Las Vegas?
- Não. Não falámos sobre a digressão, os torneios, os Jogos Olímpicos. Sei que ele está ansioso por jogar comigo em pares nos Jogos Olímpicos e penso que ele também sabe que eu estou muito entusiasmado por jogar com ele, mas ainda faltam vários meses para isso acontecer. Ele tem de estar fisicamente apto, pronto para jogar nos Jogos Olímpicos, e eu também. Tudo pode acontecer, vamos cruzar os dedos para que ambos estejamos bem e possamos jogar. É algo que, para mim, para ele e para os espanhóis em geral, me deixaria muito entusiasmado.