Medvedev foi derrotado pelo brasileiro Thiago Seyboth Wild em Roland Garros e decidiu desligar-se completamente antes de se concentrar na temporada de relva.
"Quando se perde cedo, é bom, tenho algum tempo livre", disse Medvedev aos jornalistas na sexta-feira, depois de afastar o francês Adrian Mannarino (3-0) para chegar à terceira ronda de Wimbledon pela quarta vez na carreira.
Recorde aqui as incidências do encontro
"Posso dizer que no dia seguinte ou vou treinar a fundo e preparar o torneio seguinte, ou então tiro uns dias de férias. Perdi em Roland Garros numa terça-feira, tirei uma semana de férias. Estava a pensar com a minha mulher o que deveríamos fazer, ir de férias para algum lado, aproveitar a praia ou algo do género. Ela perguntou: 'Onde é o próximo Grande Prémio de Fórmula 1?'", contou.
"Era em Barcelona. Nós estávamos em Paris. Vivemos no Mónaco, por isso pensámos: 'Sim, é a melhor altura para tentar lá ir. E fomos lá. Foi uma experiência fantástica", prosseguiu.
No mundo muitas vezes insular do ténis, Medvedev disse que ver uma perspetiva diferente de uma outro desporto foi útil.
"Mentalmente, fiquei totalmente recarregado ao ver outro desporto de outra perspetiva. Depois pensei, ok, vamos voltar aos treinos, tentar preparar-me bem para Wimbledon. Até agora está a correr bem, por isso vamos ver como corre mais tarde", apontou.
Medvedev demorou um pouco a entrar no ritmo no duelo da primeira ronda com o wildcard britânico Arthur Fery, mas esta quinta-feira impressionou na vitória por 6-3, 6-3 e 7-6 sobre o perigoso Mannarino, consolidando o triunfo depois de uma falha na luz ter interrompido a partida.
O melhor resultado que conseguiu em Wimbledon foi chegar aos oitavos de final em 2021, mas acredita que está cada vez mais confortável no Grand Slam de relva, embora não totalmente.
"Estou a chegar lá. Talvez à porta. Não dentro, mas à porta. É perfeito, este jogo foi muito melhor que o primeiro. Senti que fiz muitas, muitas coisas boas", disse o terceiro cabeça de série aos jornalistas.