"A decisão da demissão foi tomada por ele no final de fevereiro depois de várias desilusões a nível desportivo. Além disso, surguiu uma controvérsia na segunda-feira depois de comentários, tirados do contexto, feitos antes de um jogo, divulgados à imprensa local e nacional", referiu o clube em comunicado.
"Confrontado com a pressão dos meios de comunicação e de forma a preservar a imagem do clube e a serenidade do balneário, Abdel Bouhazama anunciou ao presidente Said Chabane que tinha decidido deixar o cargo de treinador. O presidente aceitou a decisão", prosseguiu a nota.
A controvérsia começou quando o jogador Ilyes Chetti, que segundo jornal L'Équipe admitiu os factos e vai ser julgado em tribunal no próximo mês, alegadamente cometeu uma agressão sexual.
"Não é mau, todos nós já tocamos em raparigas", respondeu Bouhazama antes da derrota por 5-0 com o Montpellier no último fim de semana.
"O Angers condena sem reservas as palavras proferidas durante a conversa, mesmo que elas pareçam mais desajeitadas do que era suposto para banalizar um comentário sexista. Além disso, o clube não aceita qualquer foram de discriminação e condena o sexismo e a misoginia. Abdel Bouhazama já pediu desculpa aos colegas, particularmente às mulheres, e por isso preferiu lidar com as consequências de tanto os seus atos como dos seus erros", finalizou o emblema.
O Angers soma apenas 10 pontos em 26 jogos e segura a lanterna-vermelha da Ligue 1, estando a 12 pontos de distância da manutenção.