A África do Sul tem até 13 de outubro para aprovar as alterações necessárias, caso contrário, os jogadores poderão deixar de poder competir sob a bandeira do país em eventos, incluindo os atuais Campeonatos do Mundo de râguebi e críquete.
"O Governo está a colaborar com a AMA em relação ao nosso projeto de lei de alteração e forneceremos informações atualizadas em devido tempo, mas de modo algum estaremos numa situação em que as nossas equipas não possam jogar sob a bandeira sul-africana", afirmou um porta-voz do Ministério do Desporto, esta quinta-feira.
O ministro do desporto, Zizi Kodwa, disse no mês passado que o país estava empenhado em fazer as alterações necessárias à lei e que este processo está bem encaminhado.
"Trabalhámos incansavelmente para alterar a legislação, tal como recomendado pela AMA", disse Kodwa.
"A WADA também colaborou connosco na elaboração do projeto de lei de alteração do Instituto Sul-Africano para o Desporto sem Drogas (SAIDS), que será agora submetido ao processo constitucional sul-africano de finalização de um projeto de lei. O processo do Governo sul-africano para promulgar legislação é minucioso e abrangente. Qualquer legislação, incluindo as alterações, tem de cumprir a Constituição sul-africana e não pode contradizer ou anular quaisquer leis existentes", explicou.
Outras consequências para a África do Sul, no caso de incumprimento da AMA, seria a cessação do financiamento do SAIDS.
"A esmagadora maioria das constatações de não-conformidade feitas pela WADA em relação à nossa lei atual são do tipo: 'a definição deve ser atualizada para refletir a redação exacta do Código da WADA', ou alguma definição ou termo da lei é obsoleto e já não é utilizado", disse Khalid Galant, diretor executivo do SAIDS, ao jornal sul-africano Daily Maverick.
"Por isso, o incumprimento diz respeito ao texto e não tem qualquer relação com a capacidade operacional ou o mandato jurisdicional do SAIDS", defendeu.
O novo código da WADA entrou em vigor a 1 de janeiro de 2021, tendo a África do Sul e as Bermudas sido apontadas como dois países que ainda não tinham feito as alterações necessárias na lei.