Europeu de Andebol: França bate Dinamarca no prolongamento e sagra-se campeã europeia (33-31)

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Europeu de Andebol: França bate Dinamarca no prolongamento e sagra-se campeã europeia (33-31)
França deu a volta na segunda parte do prolongamento
França deu a volta na segunda parte do prolongamentoEHF
10 anos depois, a França voltou a vencer um Europeu de Andebol e novamente frente à Dinamarca. Na reedição da final de 2014, a partida foi decidida apenas na segunda parte do prolongamento, quando Dika Mem acordou para praticamente dar o título à seleção francesa.

Recorde as principais incidências

Quando Portugal defrontou a Dinamarca, os sinais dados pela equipa nórdica mostravam uma seleção capaz de ir até ao último jogo para voltar a vencer um título europeu, depois do Mundial conquistado em 2023, mas a campeã olímpica França, que sentiu dificuldades para eliminar a Suécia nas meias-finais, ainda não tinha perdido qualquer partida neste Europeu.

Super Nielsen

A seleção gaulesa marcou no primeiro remate, mas não se pode dizer que tenha entrado bem na partida. De resto, foi precisamente no início do encontro que a história do jogo começou por ser definida.

Com a Dinamarca eficaz em zona de finalização, mas permeável no setor mais recuado, Emil Nielsen, guarda-redes do Barcelona, começou cedo a brilhar na baliza nórdica e segurou a vantagem dinamarquesa na etapa inicial.

Na equipa francesa, só Remili parecia encontrar o antídoto para ultrapassar o guarda-redes da Dinamarca e ajudar a França a voltar à vantagem, que pela primeira vez foi de dois golos de diferença (6-4).

No entanto, se o ataque francês era Remili e pouco mais, o ataque dinamarquês foi mais capaz na distribuição de golos (Gidsel e Mikkel Hansen foram os destaques) e eficaz no momento do remate. Nielsen continuou a manter a margem curta e a Dinamarca, que, diga-se, concedeu bastantes ocasiões de remate, conseguiu segurar o empate ao intervalo (14-14). Não estava a ser uma final espetacular, bem longe disso, mas o show de Nielsen valia o bilhete. 

Remili para a reação, Mikkel Hansen para o prolongamento

Os nervos de um jogo que define um título (e, por vezes, uma vida) ajudavam a explicar a falta de qualidade individual em alguns momentos nesta partida e o aproximar do fim do jogo não ajudou alguns jogadores.

Remili continuou a assumir o peso da responsabilidade na seleção francesa, ao contrário de Dika Mem, que foi travado pelo colega de equipa sempre que tentou finalizar (cinco remates consecutivos sem golo). Além de Nielsen, a tal eficácia dinamarquesa no momento da finalização ajudou a construir a diferença inicial, que chegou a ser de três golos (14-17). 

Sem brilhar, a seleção francesa não desistiu da partida. Não podia. Era uma final, não é verdade? Remili teve a companhia de Fabregas no momento ofensivo, a Dinamarca deixou de ter Nielsen, que foi substituído por Niklas Landin para o 7 para 6 dinamarquês, e os gauleses recuperaram a desvantagem.

A partida entrou na fase decisiva, em que todos os pormenores fazem a diferença. A experiência de Mikkel Hansen (36 anos) colocou um travão numa aparente superioridade francesa, mas os oito golos nos 60 minutos da partida não foram suficientes para assegurar o título em tempo útil. Tudo para decidir no prolongamento.

Bem-vindo, Dika Mem

Depois de 60 minutos intensos e de um torneio que já ia longo, faltava energia e discernimento nas duas equipas, mesmo em jogadores que tinham estado a bom nível em toda a partida, como foi o caso de Remili.

Os ataques eram mais hesitantes e as defesas (muito) mais agressivas, tudo para colocar as mãos no título europeu. No final da primeira parte do prolongamento, nenhuma das equipas conseguiu fugir no marcador (29-29).

Dika Mem, que tinha passado completamente ao lado do jogo até então, deu o mote para o segundo tempo do prolongamento, ao colocar a França na frente do marcador (30-29 e 31-29), o que não tinha acontecido na primeira parte do tempo extra.

Mikkel Hansen ainda fez história ao tornar-se no melhor marcador de sempre em Europeus de Andebol, mas o último golo do dinamarquês de pouco serviu. A França, que esteve quase sempre por trás da partida, sagrou-se campeã europeia!