"Estou farto que isto demore tanto tempo, porque há quatro anos que andamos a falar disto. Peço à UCI (União Ciclista Internacional) que avance com o projeto. Sei que David Lappartient (presidente da UCI) é a favor. Por isso, vamos lá", disse o neerlandês, que nas últimas semanas viu as suas duas estrelas, Jonas Vingegaard e Wout Van Aert, sofrerem dois acidentes graves que resultaram em fraturas múltiplas.
"Jonas ainda está no hospital, Wout está em casa. Estão a recuperar. Espero que regressem o mais rapidamente possível. Só então poderemos ver se podem voltar às corridas", disse quando questionado sobre o estado de saúde dos dois pilotos.
"Os problemas não vão ser resolvidos numa semana. Por isso, é melhor começar o mais cedo possível", continuou. "Temos uma solução pronta com o SafeR (um organismo concebido pela UCI), mas toda a gente a está a impedir, seja por causa do ego ou da política. Já tivemos demasiadas bandeiras vermelhas", afirmou.
Plugge também defendeu a necessidade de analisar "a forma como as corridas são organizadas".
"As equipas tornaram-se muito profissionais, mas alguns organizadores tornaram-se menos profissionais. Vamos dar-lhes os meios para se desenvolverem também, tal como aos assistentes de corrida. A ASO (a empresa que organiza várias corridas, como a Volta a França e o Paris-Roubaix) e a Flandres Classics fazem um bom trabalho, mas outros não", insistiu.
Vingegaard, de 27 anos, vencedor das duas últimas edições da Volta a França, sofreu um grave acidente na quinta-feira na Volta ao País Basco e tem fracturas na clavícula, várias costelas, um pneumotórax e um pulmão ferido.
O acidente de Van Aert, de 29 anos, ocorreu há dez dias na semi-clássica Across Flanders. Fraturou uma clavícula, o esterno, várias costelas e sofreu uma contusão pulmonar.