"Sofri muito, sobretudo na primeira semana, mas sinto que as dores estão a desaparecer. Espero retomar a minha preparação dentro e fora da bicicleta na próxima semana", declarou Remco Evenepoel numa entrevista publicada no site da sua equipa, a Soudal Quick-Step.
Submetido a uma intervenção cirúrgica para fraturar a clavícula direita (e uma outra fratura na omoplata) na sequência do acidente a 80 km/hora, o ciclista nascido em Aalst está otimista quanto à sua primeira participação na Volta a França (29 de junho-21 de julho). O seu principal objetivo é ter um bom nível de desempenho.
"A única coisa que vai mudar é que vou começar a minha preparação uma semana mais cedo, sabendo que também parei duas semanas mais cedo com a queda. Continuarei a fazer um campo de treinos a grande altitude. Depois, dependendo da minha forma, participarei no Dauphiné ou na Volta à Suíça, mas se tudo correr bem, o programa não deverá mudar substancialmente", disse o talentoso ciclista de 24 anos, que tinha agendado o Criterium du Dauphiné para junho.
"Estou muito ansioso pela Volta. Todos os treinos desde este inverno foram orientados para esse objetivo e para os Jogos Olímpicos que se seguem", acrescentou.
Evenepoel acredita que não se pode "queixar", especialmente quando comparado com o dinamarquês Jonas Vingegaard, que sofreu uma fratura na clavícula, mas também em várias costelas e um pneumotórax. "Foi menos grave do que para os outros e poderia ter sido muito pior", afirmou.
Depois de ter feito um pouco de exercício e de mini-golfe para "manter o corpo em movimento" e de ter comido vários "gelados", tem de voltar a andar de bicicleta, primeiro dentro de casa, dentro de alguns dias, enquanto tem de seguir as corridas pela televisão.
"É duro, sobretudo a Amstel Gold Race, que ia correr pela primeira vez e para a qual tinha grandes ambições", disse.
Para a Liège-Bastogne-Liège de domingo "será um pouco mais fácil" seguir à distância, uma vez que já a ganhou duas vezes.