O sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1 queixou-se de que o problema de comportamento, que a equipa pensava ter finalmente desaparecido, continuava a atormentá-lo pelo terceiro ano consecutivo.
"Foi semelhante aos anos anteriores. Há tantos elementos deste carro que são melhores, mas estamos a ser prejudicados com o ressalto que temos", disse o britânico, que se vai juntar à Ferrari no próximo ano, à Sky Sports.
"Fizemos algumas alterações durante a noite e esta manhã o carro estava muito melhor. Estava a recuperar a confiança, mas quando chegámos à qualificação ela desapareceu novamente", explicou.
"Tentámos todas as mudanças de configuração e não conseguimos livrar-nos do problema. É difícil de explicar", acrescentou o piloto mais bem sucedido de sempre do desporto. "Tivemos alguns solavancos no Bahrain, mas nem de longe tão intensos como aqui".
Hamilton quase não conseguiu entrar no top 10 final e afirmou que realmente teve dificuldades no primeiro setor super-rápido do circuito de Corniche.
"Se imaginar quando o carro sobe e desce na traseira, o seu equilíbrio muda para frente e para trás. Se estivermos a fazer isso a 160 ou 170 km/h, temos de corrigir isso de cada vez", detalhou.
"Temos de o corrigir. É como se fossem três anos seguidos. Temos de resolver o problema."
A última vitória de Hamilton, a 103.ª da sua carreira, foi na Arábia Saudita em 2021, quando Jeddah fez a sua estreia no calendário.
O companheiro de equipa George Russell classificou-se em sétimo lugar.
"Ainda estamos a tentar entender este carro porque o vimos no P2 (segundo treino) no Bahrain, éramos P1 e P2 (primeiro e segundo). Nos treinos, fui P3 e P4 e o ritmo estava a ser bom. Há potencial, mas ainda estamos a tentar perceber o que se passa e a aprender com ele", afirmou o britânico.
O chefe de equipa Toto Wolff disse que o carro era rápido mas estava no fio da navalha. "Os pilotos estão a lutar para conseguir fazer a volta de forma consistente", acrescentou o austríaco.