Foi preciso sofrer, para depois se ganhar! Portugal está no Mundial de futebol feminino

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Foi preciso sofrer, para depois se ganhar! Portugal está no Mundial de futebol feminino
Atualizado
Portugal assegurou a primeira participação da sua história no Mundial de futebol feminino
Portugal assegurou a primeira participação da sua história no Mundial de futebol femininoFPF
Há mais um dia de de Portugal, o maior da história do futebol feminino luso: 22 de fevereiro. A seleção nacional feminina venceu o play-off intercontinental frente aos Camarões (2-1) e carimbou o acesso à fase final do Campeonato do Mundo de 2023, assegurando uma inédita participação na prova.

Recorde as incidências do jogo aqui.

Era o tudo ou nada e todos o sabiam. A cartada decisiva de Portugal rumo ao Mundial de futebol feminino de 2023 foi jogada no Waikato Stadium, em Hamilton, na Nova Zelândia. Pela frente, as comandadas de Francisco Neto tinham os Camarões, o último obstáculo antes da tão ambicionada meta.

O encontro começou intenso e com sinal mais para o conjunto das quinas. E foram apenas precisos 22 minutos para que a alegria atravesasse continentes, chegando com força a Portugal. Num livre lateral, descaído pela esquerda do ataque, Kika Nazareth cruzou com conta, peso e medida para a área, a bola bateu no poste e ressaltou para Diana Gomes, que, na pequena área, inaugurou o marcador

Estava feito o mais difícil. A formação lusa estava na frente e controlava, sabendo de antemão que não podia falhar em qualquer detalhe perante uma seleção que daria, certamente, muito trabalho.

Aos 34', o VAR foi chamado a analisar uma entrada mais dura de Ana Borges, mas a decisão acabou por ser favorável à avançado do Sporting e, minutos depois, Jéssica Silva podia ter aumentado a contagem, mas perdu a oportunidade depois de servida por Diana Silva, que logo de seguida cabeceou a poucos centímetros da baliza contrária.

Os Camarões procuravam crescer, mas era Portugal quem criava perigo. Perto do descanso, Carole Costa, na sequência de novo livre de Kika, rematou em força e esteve perto do segundo. Contudo, a resposta não tardou e chegou por Ajara Nchout, que obrigou Patrícia Morais a defesa atenta.

A segunda metade começou com novo sinal positivo da equipa orientada por Francisco Neto, com Andreia Norton a atirar à barra, antes das primeiras mexidas que acabaram por não produzir tanto efeito.

Seguiu-se um período em que os Camarões tomaram conta da partida, mesmo que sem oportunidades de relevo e com Portugal a conseguir, a espaços, ameaçar, como aconteceu aos 70', quando Kika surgiu em boa posição, após bom trabalho do ataque, para obrigar Catherine Biya a defesa atenta.

A primeira real oportunidade da seleção africana chegou aos 84'. Num momento de transição, Abam ganhou posição à defesa lusa e, na cara de Patrícia Morais, igualou. No entanto, o golo acabou anulado por fora de jogo, para alívio das portuguesas.

Primeiro a ameaça, depois o golo. Três minutos volvidos, a sempre perigosa Ajara Nchout, depois de receber de costas para a baliza, trabalhou bem e, à meia-volta, atirou a contar, restabelecendo o empate.

Portugal estava por baixo na partida, nesta fase, e os nove minutos de compensação pareciam perigosos tendo em conta a motivação das atletas camaronesas. Mas, ao quarto minuto de compensação, Andreia Jacinto surgiu em boa posição, vendo o seu remate desviado por uma defesa contrária. Alertada pelo VAR, a árbitra da partida foi rever as imagens e assinalou grande penalidade por mão na bola.

Chamada a converter, Carole Costa não tremeu, devolveu a passagem a Portugal e carimbou, com o seu pé direito, a passagem inédita da seleção lusa à fase final do Campeonato do Mundo de 2023, que se realiza na Austrália e na Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto.

Portugal integrará o Grupo E aos Países Baixos (jogo em 23 de julho), medalhas de prata no último Campeonato do Mundo, Vietname (27 de julho) e às campeãs em título Estados Unidos (01 de agosto).