Recorde as incidências da partida
De la Fuente entrou no Bernabéu com tudo e a Espanha respondeu com uma pressão alta e laterais incisivos. Antes do quinto minuto, Nico Williams tinha feito um cruzamento para a área que foi intercetado por Bento e Lamine Yamal já tinha feito o primeiro remate à baliza, mas este saiu por alto.
Aos 11 minutos, a persistência da Espanha foi recompensada. Lamine Yamal dominou a bola com o peito, escondeu-a, driblou para dentro e foi derrubado dentro da área por João Gomes. Penálti. Rodri cobrou o castigo máximo e foi o homem que bateu Bento. A equipa estava reunida e todos os jogadores foram apoiar o jogador de Madrid, após a morte do seu avô.
Lamine foi encorajado e continuou a fazer sentir a sua presença no flanco direito, mas o seu remate foi para fora. A primeira oportunidade brasileira surgiu com uma jogada individual de Rodrygo, que Vini não conseguiu finalizar da melhor forma.
Domínio absoluto da Espanha
Mas o jogo era da Espanha. Nico Williams fez uma jogada ao estilo Maradona, mas só faltou o toque final. O domínio era total, sobretudo nos flancos. Fabián encarregou-se de finalizar com perigo uma grande jogada dos laterais, como só ele sabe fazer. Nico, que estava noutro nível, provocou uma falta à entrada da área. Mais tarde, Lamine levantaria o Bernabéu das cadeiras com dois dribles caricatos, que não puderam ser finalizados com um golo.
O golo de Dani Olmo
O único jogador que ainda não tinha entrado na festa era Dani Olmo. E fê-lo. O jogador de Tarrasa respondeu com um verdadeiro golpe de mestre como falso nove, driblando duas vezes dentro da área e chutando contra Bento para fazer o 2-0, aos 36 minutos.
O Brasil, que mal tinha entrado em campo no Bernabéu, respondeu quase sem querer após um erro de Unai Simón, que perdeu a bola e o remate de cabeça de Rodrygo trouxe a Verdeamarela de volta ao jogo, aos 40'. O ritmo era frenético e Rodri fez um remate que poderia ter sido golo se Bento não o tivesse evitado.
Endrick, vem beijar os santos
A segunda parte começou com um ritmo elétrico. Vinicius explorou a sua velocidade num contra-ataque, mas não conseguiu empatar. Depois, tanto Rodri como Carvajal testaram Bento e estiveram perto de marcar o terceiro golo. Antes, Endrick tinha entrado no terreno de jogo e foi aplaudido de pé pelo público do Bernabéu.
E não demorou muito para que ele empatasse. Tal como tinha feito contra a Inglaterra, foi um caso de beijar o santo. Endrick, aproveitando um ressalto à entrada da área após um pontapé de canto, rematou com força contra Unai Simón aos 50 minutos. Que joia que o Real Madrid contratou.
A verdade é que o Brasil entrou como uma mota na segunda parte e Rodrygo fez uma jogada extraordinária, mostrando a sua velocidade. Simón respondeu com uma excelente defesa.
Após estes minutos, a Espanha voltou a aparecer com frequência no ataque, liderada por Rodri, embora com algumas falhas na finalização. A equipa de De la Fuente dominava, mas não conseguia acertar no alvo e os homens de Dorival saíam como flechas no contra-ataque. Beraldo podia ter feito o 2-3 mas rematou alto e Fabián também tentou a sua sorte de longe, sem sucesso. O jogador de Los Palacios tentou a sua sorte mais tarde, mas não conseguiu um bom remate.
Ovação a Vinicius
Enquanto Endrick mostrava qualidade no passe e na antecipação, Vinicius foi substituído por Douglas Luiz. A ovação do Bernabéu foi estrondosa.
Lamine Yamal foi o único que nunca perdeu a cabeça no jogo, inventando um passe magistral de fora da área para entrar em contacto com Carvajal. O lateral madridista foi derrubado na área por Beraldo. Rodri pegou na bola, foi até à linha dos 11 metros e bisou, aos 87 minutos. Apontou para o céu e dedicou-o, merecidamente, mais uma vez ao seu avô.
Nico foi substituído por Sancet e o navarro podia ter marcado o quarto golo. Depois, Lamine foi aplaudido de pé pelo Bernabéu, quando foi substituído por Jesús Navas.
A Espanha quase garantiu uma vitória de prestígio sobre o Brasil mas Lucas Paquetá, aos 90+7 minutos, deixou tudo empatado, com o 3-3 igualmente de grande penalidade, conquistada por Galeno, extremo do FC Porto, em estreia absoluta no Brasil, derrubado dentro da área por Carvajal.
