O facto de Erling Haaland ser um dos melhores jogadores de futebol do planeta não tem discussão. O facto de Kylian Mbappé fazer parte dessa lista também não suscita dúvidas. No entanto, muitos questionam se Vinicius está entre esse grupo seleto de jovens talentos. Talvez seja porque se veste de blanco.
Por ocasião das meias-finais da Liga dos Campeões, o brasileiro terá dois confrontos diretos com o norueguês. O primeiro, no Santiago Bernabéu, foi amplamente vencido pelo jogador do Real Madrid. Mais uma razão para tê-lo em conta no debate pelo trono, no qual é tão difícil incluí-lo.
Vini marcou um golo e foi uma verdadeira dor de cabeça para o seu marcador direto, Kyle Walker, que o felicitou calorosamente no final do jogo pela batalha que travaram. Um contraste gritante com o que o 20 vive todos os fins de semana na Liga espanhola, onde é constantemente alvo de ataques e humilhações
O carioca foi um dos três melhores jogadores do mundo durante boa parte da temporada, mas está acostumado a ter de demonstrar o dobro ou o triplo do que os demais para receber a mesma recompensa. É por isso que, depois de uma campanha em que liderou a equipa de Carlo Ancelotti, só depois de ter desempenhado um papel importante na primeira mão da meia-final da Liga dos Campeões é que teve de ser tido em conta.
O seu golo não foi suficiente para levantar a 14.ª, nem ganhar a grande final da Taça do Rei, em que esteve em destaque. Encontram sempre uma desculpa para o subestimar. Uma dualidade de critérios muito injusta por parte daqueles que o amam pouco e elogiam futebolistas de categoria muito inferior.
Felizmente, estas vicissitudes não preocupam Vinícius. Está tranquilo, sabendo que, enquanto triunfa na Europa, os seus críticos e detratores assistem ao seu crescimento no conforto do sofá de casa. Ele não precisa de mais nada. Tem o reconhecimento daqueles que deseja e continua focado em continuar a quebrar barreiras. Para já, deu um pontapé na porta e entrou no comboio dos melhores do mundo.