A equipa inglesa, porém, já sabe do que é capaz o extremo merengue, cujos golos, aos 90 e 90+1 minutos, roubaram aos Citizens um lugar na final europeia da época passada.
Os seus golos abriram caminho para uma vitória no prolongamento, no Santiago Bernabéu, para o Real Madrid,, que viria a ganhar a sua 14.ª Liga dos Campeões em Paris, contra o Liverpool.
O Manchester City, por outro lado, ainda está à espera de conquistar o seu primeiro título da Champions.
Apesar de Erling Haaland liderar o ataque, muitos acreditam que o City fará a vingança do Real Madrid mas nunca nunca subestimar a capacidade dos espanhóis na maior prova de clubes da Europa.
Espaço para crescer
A juntar-se ao perigo criado por Vinicius e Benzema está, então, Rodrygo, que, aos 22 anos, já conquistou todos os troféus possíveis com o Real Madrid, depois de ter levantado a Taça do Rei no passado sábado, com uma vitória por 2-1 sobre o Osasuna na final.
Rodrygo foi o autor do golo que deu aos merengues a sua primeira Taça desde 2014.
"Ninguém sabe qual é o seu limite máximo", disse o treinador do Real, Carlo Ancelotti, acrescentando que "é um jogador muito elegante, move-se bem, é preciso em frente à baliza e está a ir muito bem".
Chegado do Santos em 2019, Rodrygo parece prosperar com a pressão das grandes ocasiões.
Recuperou o Real nos quartos de final da Taça contra o Atlético, para forçar o prolongamento e abrir caminho para o Real chegar às meias-finais da competição.
Autor de cinco golos na Liga dos Campeões esta época, conduziu o Real Madrid às meias-finais com mais um bis em Stamford Bridge, contra o Chelsea.
"Uma competição especial"
"A Liga dos Campeões é uma competição muito especial para mim, sempre que joguei pude fazer algo para ajudar a minha equipa", disse Rodrygo depois de eliminar a equipa inglesa.
O seu caso de amor com a competição continental começou com um hat-trick na sua estreia em casa na Europa, numa goleada de 6-0 sobre o Galatasaray em 2019.
Tornou-se assim, aos 18 anos, o segundo jogador mais jovem a conseguir este feito na história moderna da Liga dos Campeões, desde a lenda merengue Raúl González em 1995.
Em 21 jogos na Liga dos Campeões nas duas últimas épocas, Rodrygo marcou 10 golos, o mesmo que em 63 jogos da Liga nesse período.
O seu papel de protagonista na reviravolta do Real Madrid sobre o Manchester City na época passada veio do banco, mas a sua forma em 2023 tornou-o numa figura chave para Ancelotti.
No flanco direito, o brasileiro tem faro de golo para finalizar quando necessário, marcas de uma qualidade por vezes ofuscada pelo jogo espectacular do seu companheiro de equipa, Vinicius Júnior.
Embora a qualidade de Vinicius seja admirada, o seu comportamento é mais criticado, o que não é o caso de Rodrygo, avaliado de forma mais positiva.
O brasileiro dedicou o seu segundo golo na final da Taça a uma criança com cancro: "Foi para o Ignacio, um rapaz que visitei anteontem na Juegaterapia, onde há crianças com cancro. Ele pediu-me para fazer o 'I' se eu marcasse e foi para ele".
Embora Ancelotti tenha utilizado muitas vezes Rodrygo a partir do banco, parece improvável que não lhe seja atribuído um lugar a titular na terça-feira, perante a sua forma atual, que foi confirmada no sábado com o golo na final da Taça do Rei.
"É o título que me faltava e estamos muito contentes por o termos conseguido. Estou no meu melhor porque estou sempre a jogar", disse Rodrygo após o jogo, avisando que quer continuar a ganhar. Um sério aviso ao Manchester City.