Daniel Ramos foi a mais recente vítima. Na madrugada de quarta-feira, o Arouca anunciou a saída do treinador de 52 anos. Contratado no início da época para o lugar de Armando Evangelista. O técnico não conseguiu dar seguimento ao arranque de boa temporada e a eliminação da Liga Conferência deu início a um debacle que deixa o clube da Serra da Freita no último lugar da Liga.

Dias antes, Filipe Martins deixou o Casa Pia, clube que subiu ao primeiro escalão, colocando ponto final num jejum de 83 anos. O técnico de 45 anos saiu após um hiato de seis jogos consecutivos sem vencer.

Feitas as contas são já seis as alterações de treinadores nesta edição da Liga, com o Vitória de Guimarães a ser o recordista. Os vimaranenses viram sair Moreno após a primeira jornada e Paulo Turra na sétima ronda, sendo agora liderados por Álvaro Pacheco, que deixou o Estoril na sexta ronda. No Chaves foi José Gomes quem não resistiu, com a saída a dar-se na quinta ronda.

Através de um estudo realizado pela SportingPedia, só na Turquia é que existiram mais mudanças de treinadores, no que toca ao panorama europeu. São já 11 mudanças as que aconteceram após 12 jornadas da Super Lig. 

A mais recente no Besiktas com Riza Çalimbay a ser o terceiro técnico depois de Senol Gunes e Burak Yilmaz. Ivo Vieira também entra nestas contas, quando há um mês foi escolhido para liderar o Pendikspor.

O caso inglês

Um dos campeonatos mais competitivos do futebol europeu, Inglaterra destaca-se pelo facto de ainda não terem existido mudanças nos bancos. Com 12 rondas decorridas, Vincent Kompany (Burnley), Paul Heckingbottom (Sheffield) e Rob Edwards (Luton) vão resistindo a arranques catastróficos, tal como Andoni Iraola (Bournemouth) e Steve Cooper (Nottingham Forest) cujas equipas não estão claramente a corresponder às expectativas.

Colocando a mira nos cinco principais campeonatos do futebol europeu, Espanha e Itália são as que tiveram mais chicotadas psicológicas. Villarreal (duas oasiões), Sevilha e Almería são os emblemas da LaLiga que já têm um treinador diferente; Nápoles, Udinese, Salernitana e Empoli também já mudaram o timoneiro desde o arranque da Serie A.

Alemanha (Union Berlim, Mainz e Augusburgo) e Ligue 1 (Lyon e Marselha) também já tiveram mudanças, ainda que em menor número.