"Por tudo o que tenho vindo a dizer, vocês sabem que gosto de estar aqui. Mas têm de falar com quem manda em casa. Eu ainda tenho mais um ano e meio de contrato. O futebol é muito dinâmico, até me mandarem embora. A Leila (presidente) pode mandar-me embora, posso ser vendido ou cumprir o contrato, que é a primeira intenção. Quem manda lá em casa é a presidente. Para eu sair, tem de passar por lá primeiro. O que ela decidir, por mim está bem", afirmou Abel Ferreira, que por falar em casa brincou até com os ciúmes da sua mulher quando revelou os motivos que o levam a continuar no Palmeiras.
Recorde as incidências do Palmeiras-Corinthians
"Rony, Dudu, Veiga, Zé, Gomez e Weverton: seis homens de grande caráter dentro do jogo. Mas o que admiro neles não é a qualidade. É o caráter. Já tive oportunidade de deixar este plantel por muito mais dinheiro e disse-lhes: ‘não vim aqui passar férias’. Quero continuar a ganhar. Enquanto sentir esse desejo e vontade na atitude e olhar deles, dificilmente vou sair do Palmeiras. Dificilmente deixarei este plantel enquanto demostrarem essa vontade. Têm de mostrar esse desejo. São irmãos de guerra. Não são da minha família, mas gosto muito deles. A minha mulher ficou até com ciúmes quando disse que os amava. Quando cheguei em casa, quase que me bateu. Tenho um orgulho muito grande de ser treinador deles", assumiu o treinador português, depois de vencer por 2-1 o maior rival do Palmeiras, o Corinthians.
"Gosto muito de jogar contra o Corinthians, seja fora ou em casa. São jogos quentes, bem disputados, o público vibra muito. Acho que o Palmeiras sem o Corinthians, e o Corinthians sem o Palmeiras, não seriam a mesma coisa. Ninguém tem de pensar como eu. Um precisa do outro. É como Romeu e Julieta. Apesar de toda essa rivalidade é possível um corintiano e uma palmeirense viverem juntos", defendeu Abel Ferreira.