E se Bagnaia já estivesse sozinho na luta, depois de apenas uma vitória? Esta é obviamente uma conclusão muito antecipada, uma vez que a época vai ser tão longa. No entanto, o paddock do MotoGP deixa Portugal com a impressão de que o campeão reinante já está ao melhor nível na sua Ducati.
No domingo, o piloto assumiu o controlo da corrida e nunca deixou de o ter, apesar das tentativas de Maverick Vinales, que se encontrava em muito boa forma. Visto da televisão, o novo número um do MotoGP dominou os procedimentos, mostrando que é capaz de impor a sua disciplina. À imagem, talvez, de Valentino Rossi?
Pecco, um número um indiscutível?
Sim, não devemos tentar fazer comparações, mas, em termos de gestão de corrida, Bagnaia foi majestoso na sua máquina no circuito de Portimão, onde foi capaz de manter o nível durante todo o fim de semana. E já no sábado, na primeira corrida de Sprint da história do MotoGP, havia assumido a liderança da mesma maneira autoritária.
Este é apenas o primeiro passo numa longa temporada, mas os seus rivais terão de trabalhar arduamente para o desafiar no topo da classificação. Porque além de ser um piloto muito bom, o italiano tem uma mota soberba nas suas mãos. Ele próprio o disse após a corrida: "Eu tinha uma enorme confiança na mota e começar assim... não se pode fazer melhor".
Na conferência de imprensa que se seguiu ao Grande Prémio, acrescentou: "A nova mota adapta-se perfeitamente ao meu estilo de pilotagem". Este é o sinal dos grandes. Tal como quando Valentino Rossi e Marc Marquez dominaram o desporto nos anos 2000 e 2010, Pecco Bagnaia está em total harmonia com a sua máquina.
Com a dupla vitória no início da temporada, o Campeão do Mundo de 2022 já está 12 pontos à frente de Vinales. Matematicamente, isto não significa nada, mas Quartararo e companhia foram avisados de que Francesco Bagnaia está determinado a revalidar o troféu.