Paulo Fonseca: "Romântico? Para mim, não se trata só de ganhar, mas como se ganha"

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Paulo Fonseca: "Romântico? Para mim, não se trata só de ganhar, mas como se ganha"
Paulo Fonseca lidera o Lille, atual quinto classificado da Ligue 1
Paulo Fonseca lidera o Lille, atual quinto classificado da Ligue 1LOSC
Paulo Fonseca, treinador português que orienta o Lille, deu esta sexta-feira uma entrevista ao podcast "Joga!", da RMC Sport, dedicado ao futebol português, onde partilhou a sua experiência no campeonato francês.

"Estou positivamente surpreendido. Primeiro pela qualidade do jogo, os jogos são sempre abertos, há sempre incerteza nos resultados. Depois, agradou-me o ambiente nos estádios, a forma como as pessoas vivem os jogos, mas também algo que nunca é falado: a qualidade e o nível dos árbitros", afirmou Paulo Fonseca que, ao cabo de 23 jornadas, está no quinto lugar da Ligue 1, com 41 pontos.

"Acho que estamos a fazer uma boa temporada. Implementámos uma nova forma de jogar que a equipa tem interpretado muito bem e promovemos muitos jogadores. O que prometi é construir uma equipa que joga futebol ofensivo e acho que isso é notório. Sabemos que estamos a lutar contra equipas que têm feito investimentos muito mais elevados, com projetos muito mais consolidados, com treinadores em funções há vários anos, mas queremos ir o mais alto possível. Queremos valorizar o que fazemos através de resultados", explicou o treinador português, que foi confrontado com as declarações de André Gomes, médio internacional português do Lille, que apelidou Paulo Fonseca de um treinador... romântico.

"Todos dizem isso, a começar pela minha mulher. Até ela diz que na minha profissão, o sou. E sou porque tenho uma paixão profunda pelo que faço. Talvez seja por isso que as pessoas dizem que sou romântico. Vejo o futebol como uma paixão, como um espectáculo e nós, como treinadores, temos de dar um bom espectáculo. Temos de agradar às pessoas que vão ao estádio. É isso que tento fazer: construir algo que dê prazer aos que amam futebol", assumiu Paulo Fonseca, reforçando esse sentimento na forma como lida com os resultados.

"Não sou resultadista de todo. Francamente. Para mim, não se trata só de ganhar, mas como se ganha. Às vezes perco e chego a casa tranquilo; às vezes ganho e chego a casa preocupado. Tudo depende do que aconteceu no jogo: se jogámos bem, se jogámos o nosso jogo. Não sou resultadista e no dia em que sentir que o fui, deixo o futebol", garantiu o treinador do Lille.