Os ingleses, que tinham sido derrotados pela Escócia na ronda anterior, produziram o seu melhor desempenho desde que ficaram em terceiro lugar no Campeonato do Mundo do ano passado, ao derrotarem os favoritos ao Grand Slam com uma emocionante vitória por 23-22 em Twickenham.

A França, por sua vez, recuperou de algumas exibições pouco impressionantes nas três primeiras rondas, com uma vitória por 45-24 sobre o País de Gales em Cardiff.

"Esperamos uma grande defesa", disse o ex-capitão Ollivon em conferência de imprensa na base de treinos de França, nos arredores de Paris.

"Já vimos como eles (Inglaterra) mudaram as coisas. São muito mais agressivos, têm um alinhamento muito mais forte e muito mais rápido. Pressionam muito mais os adversários do que antigamente", afirmou.

"Quando se trata de contacto, também são muito fortes. Vi o jogo contra os irlandeses e, para os deslocar daquela forma em situações de um contra um, é preciso ser muito sólido. Eles causaram-me uma impressão muito forte", elogiou.

Os ingleses, que estão a habituar-se à vida sem o seu capitão de longa data, Owen Farrell, que se afastou do râguebi internacional, recusaram-se a ceder quando sofreram um ensaio de James Lowe no final e, com ele, a liderança.

Em vez disso, a equipa foi para o outro lado e negou à Irlanda um segundo Grand Slam consecutivo, graças a um drop goal no último minuto, do defesa suplente Marcus Smith.

"A equipa da Inglaterra é mais dura", disse o diretor de desempenho da França, Nicolas Jeanjean.

"Vimos que eles foram muito eficazes, com muita defesa de corrida. Haverá muito mais contacto do que contra o País de Gales. O nosso desafio vai ser estar à altura desta competição contra os ingleses", explicou.

A França, que vai disputar os seus jogos em casa fora de Paris devido aos Jogos Olímpicos do verão, abriu o torneio com uma derrota por 38-17 contra a Irlanda em Marselha, seguindo-se uma vitória polémica e apertada por 20-16 em Edimburgo e um empate feliz por 13-13 em casa contra a Itália.