Com Fábio Vieira e Rúben Vinagre em cada um dos bancos de suplentes, Arsenal e Everton defrontaram-se quase um mês depois de os toffees terem vencido os gunners em Goodison Park, na estreia de Sean Dyche no comando técnico. Com a vingança na mira, a turma de Mikel Arteta desde cedo assumiu o jogo e, no final de uma primeira parte largamente desinteressante, chegou à vantagem e ampliou-a num curto espaço de tempo.
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Aos 40 minutos, Zinchenko deambulou da esquerda para a direita, deixando três adversários para trás, e depois de uma curta troca de bola, rasgou a defesa com um passe entre linhas para Saka na área, o extremo recebeu, rodou e atirou de pé direito ao ângulo do primeiro poste.
Perto do intervalo, o Arsenal capitalizou um erro enorme de Gueye. Depois de desarmar Odegaard, o médio desligou-se do lance e esqueceu-se de passar o esférico. Saka estava por perto, roubou a bola que sobrou para Martinelli ir sozinho para a baliza e fazer o golo diante de um desamparado Pickford. Inicialmente anulado por fora-de-jogo, o tento foi confirmado com ajuda do vídeoárbitro.
No segundo tempo, McNeil ainda deu um suspiro de reação, mas o remate em boa posição foi travado por Ramsdale. Isto antes de o Arsenal juntar mais um à conta com mais uma boa jogada de equipa. Xhaka lançou Trossard no flanco esquerdo, o belga entrou na área e passou atrasado para o remate certeiro de Odegaard.
O 3-0 confirmou o domínio dos gunners e permitiu a Arteta gerir a equipa, lançando, desde logo, Fábio Vieira numa altura em que se multiplicavam as oportunidades de golo. Era uma questão de tempo até as redes voltarem a abanar: Zinchenko, qual Exterminador Implacável, voltou a encontrar espaço onde ele não existia com um grande passe para Nketiah, o avançado descaído pela esquerda assistiu o bis de Martinelli na pequena área.
Tudo fácil para os líderes da Premier League, que ainda somaram mais algumas oportunidades para dilatar o resultado - inclusive para Fábio Vieira. No final, ficam os três pontos que aumentam a vantagem sobre o Manchester City para cinco pontos, enquanto o Everton mantém-se no antepenúltimo lugar, em zona de despromoção.
Sá sozinho contra o mundo
Jogo grande em Anfield e com vários portugueses em campo: Jota regressou ao onze de Klopp - Fábio Carvalho não saiu do banco -, José Sá, Nelson Semedo, Rúben Neves, Matheus Nunes e João Moutinho foram titulares na alcateia lusitana comandada por Lopetegui.
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E foi ao último que pertenceu a primeira oportunidade do jogo - e única do Wolves -, logo aos três minutos, num remate colocado bem defendido por Alisson. Na outra baliza, brilhou José Sá em cima do intervalo, ao fazer uma grande defesa ao remate de primeira de Harvey Elliot, o jovem médio do Liverpool que momentos antes desperdiçou um cabeceamento sozinho na pequena área.
Os melhores momentos ficaram guardados para a segunda parte, a qual os reds dominaram por completo e não permitiram qualquer remate dos adversários. Depois de um golo anulado a Darwín Núñez, por falta de Diogo Jota, o português redimiu-se e pouco depois assistiu Van Dijk para o golo inaugural. Depois de uma primeira - e grande - defesa de Sá, na recarga o avançado devolveu para a pequena área e o defesa neerlandês só teve de acertar nas redes da baliza.
Cinco minutos depois, o Liverpool voltou a demonstrar o instinto matador que tem faltado esta temporada. Futebol de alta cilindrada pelo corredor esquerdo - com algum demérito do Wolves -, Tsimikas teve todo o flanco para percorrer, entrou na área e assistiu para o desvio Mohamed Salah na pequena área.
Este triunfo, além de dar alento para a próxima jornada com o arqui-rival Manchester United, permite ao Liverpool dar um salto classificativo até ao sexto lugar. Por outro lado, o Wolverhampton não vence há três jogos e desperdiçou a hipótese de se afastar da zona de despromoção, ficando ao alcance do penúltimo e antepenúltimo lugar.
