Joshua pesou 114,48 kg na quinta-feira e o seu adversário camaronês, ex-campeão de pesos pesados da UFC, pesou quase duas pedras a mais.
Ex-estrela de artes marciais mistas, Ngannou pesou 123,64 kg, apenas um pouco mais do que quando lutou com Tyson Fury em outubro, naquela que foi a sua primeira luta de boxe profissional.
"Previsão oficial? Eu entrego - eu sou o carteiro", disse Joshua, de 34 anos, na pesagem.
Ngannou, três anos mais velho do que o seu adversário britânico, é o favorito sentimental para vencer o confronto de sexta-feira, que foi apelidado de "Knockout Chaos".
Em criança, Ngannou chegou a trabalhar numa pedreira de areia, por apenas 2 dólares por dia, antes de chegar a França, onde dormiu num parque de estacionamento.
Contra Fury, em outubro, mandou o campeão mundial ao tapete logo no terceiro assalto, antes de perder por decisão dividida.
"Aprendi um pouco com o último combate, com o último acampamento e com a preparação para este, por isso ganhei um pouco de experiência, mas a mentalidade continua a ser a mesma", disse.
"Este é apenas o meu segundo combate de boxe, apesar de estar a enfrentar os dois melhores lutadores do mundo. Eu sou o outsider, vou lá para provar que se pode ser um outsider e manter a sua posição", acrescentou.
O vencedor do combate de sexta-feira deverá enfrentar Fury ou Oleksandr Usyk, que lutarão pelo título indiscutível de pesos pesados a 18 de maio, na Arábia Saudita.
"Às vezes faz-me rir um pouco, porque vamos lutar segundo as regras do boxe, mas o que aconteceria se fosse um combate 'livre' segundo as regras das MMA?", questionou Ngannou.
"Eu daria uma tareia neste rapaz. Eu sou o único a entrar no quintal deles, nenhum deles pode entrar no meu quintal. Eu pegaria dois deles de uma vez", provocou.