Dada a forma de Mathieu van der Poel, vencedor em 2019, a principal questão da Amstel Gold Race poderia ser resumida da seguinte forma: haveria tanto suspense quanto na corrida feminina vencida por Marianne Vos depois que Lorena Wiebes levantou os braços muito cedo? A resposta é sim!
A 45 quilómetros do fim, Louis Vervaeke (Soudal-Quick Step), Mikkel Honoré (EF Education) e Paul Lapeira (Decathlon) estão na frente do pelotão, com uma vantagem de 20 segundos. Por outras palavras, nada. O trio tornou-se um duo depois de Vervaeke ter perdido algum terreno.
A 32 quilómetros do fim, Valentin Madouas (Groupama FDJ) separou-se de três companheiros(Marc Hirschi, Roger Adrià e Bauke Mollema) para apanhar Honoré e Lapeira. Pouco depois, o quarteto torna-se um sexteto com a entrada de Quentin Pacher, companheiro de equipa do campeão francês.
A entrada na lista dos perseguidores tornou-se rapidamente um sonho impossível, com muitos pequenos grupos a tentarem a sua sorte, na expetativa de uma manobra da MVDP... que nunca viria a acontecer. No sopé do Keutenberg, Hirschi (UAE-Team Emirates) tenta a sua sorte, mas Tiesj Benoot (Visma-Lease a bike) contra-ataca, seguido por Mauri Vansevenant (Soudal-Quick Step) e Tom Pidcock (INEOS). Com um atraso de tempo, o grupo voltou a reunir-se enquanto o pelotão, que ainda incluía o campeão do mundo, estava cerca de quarenta segundos atrás.
Quatro franceses estão na corrida: Lapeira, Madouas, Pacher e Kevin Vauquelin (Arkea B&B). Logo nas primeiras rampas, Hirschi faz a sua jogada, seguido por Lapeira e Madouas. No pelotão, a 40 segundos do fim, Matthias Skjelmose (enquanto o seu companheiro de equipa Mollema está na frente...) ataca, seguido por Dorian Godon e Benoît Cosnefroy, que aumenta o ritmo quando tem Lapeira na frente.
O grupo da frente não se separou, apesar de Hirschi ter forçado o ritmo na Geulhemmerberg, mais uma vez seguido por Benoot, Vansevenant e Pidcock. Pello Bilbao (Bahrain Victorious) tenta o salto, sem sucesso, antes de Pacher passar para Madouas. O quarteto está a apenas 10 segundos dos seus perseguidores, tão perto e tão longe.
Em Bemelerberg, a última subida do dia, Lapeira tenta reduzir a diferença. Pidcock queria ir sozinho. Vansevenant pagou o preço, tal como o francês, que estava quase de volta às rodas quando o britânico acelerou. O belga esforça-se por regressar.
À entrada de Valkenburg, nada está decidido. Os quatro da frente olham-se, os perseguidores liderados por Bilbao voltam a aproximar-se a poucos metros, mas Vansevenant lança o sprint. No final, Pidcock vence à frente de Hirschi e Benoot.