Ciclismo: Pogacar espera "uma boa luta contra Van der Poel"

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Ciclismo: Pogacar espera "uma boa luta contra Van der Poel"
Pogacar em treino na sexta-feira
Pogacar em treino na sexta-feiraERIC LALMAND/AFP
Tadej Pogacar, em grande forma ao contrário de muitos dos seus rivais, chega a Liège-Bastogne-Liège como favorito, onde espera "uma boa luta contra Van der Poel" antes de se dedicar ao seu grande desafio, conquistar o Giro de Itália e a Volta a França no mesmo ano.

"A minha ambição é ganhar todas estas corridas. Mas estou a dar um passo de cada vez", disse o esloveno numa conferência de imprensa na sexta-feira em Bilzen, perto de Liège, na véspera do Monumento das Ardenas.

"Enfrentar Mathieu (van der Poel) vai ser uma grande batalha. Mas a corrida vai ser muito aberta, porque não vamos ser só nós os dois. Mattias Skjelmose e Stevy (Stephen) Williams, entre outros, se recuperarem do inferno da Flèche (Wallonne), também serão formidáveis", explicou o líder da equipa dos EAU.

A Flèche Wallonne, disputada em condições dantescas na quarta-feira, coroou o galês Stephen Williams, enquanto Skjelmose, gelado pelo frio e pela chuva, estava entre os 130 ciclistas que se retiraram. Pogacar expressou a sua "admiração por aqueles que pedalaram em condições apocalípticas" em Huy, na quarta-feira.

"Não vamos ter as mesmas condições climatéricas em Liège, no domingo, apesar de estar, sem dúvida, bastante frio. Na sexta-feira, durante o reconhecimento, estava de novo muito frio. Mas isso não me assusta. Acabo de regressar de um estágio em Espanha, onde pedalei em condições quase invernais. O meu corpo já se habituou a estas temperaturas", continuou.

A propósito do cenário para a Doyenne, Pogacar divertiu-se a prever "um ataque com Mathieu (van der Poel) a 100 km do fim", brincando com os recentes desempenhos "titânicos" do neerlandês, vencedor nas últimas semanas da Volta à Flandres (ataque a 44 km do fim) e Paris-Roubaix (após uma etapa a solo de 60 km) e que Pogi considera estar "na melhor forma da sua vida".

"Mais a sério, penso que um esforço a solo deste tipo está no domínio do impossível numa corrida como Liège", diz o esloveno, que venceu a Strade bianche no início da época, atacando a mais de 80 km do fim.

"Ele é um ciclista para grandes eventos. Mesmo que eu provavelmente suba melhor do que ele, sinto que ele é capaz de ganhar no domingo", disse Pogacar.

"Desejo ao Jonas tudo de bom, mas..."

Pogacar falou também sobre o resto da época e as suas ambições de vencer os Tours de Itália e França. O último bis aconteceu em 1998 com Marco Pantani.

"Sinto-me em grande forma, mas neste momento só penso em Liège. É preciso dar um passo de cada vez. A minha queda no ano passado (partiu o pulso no início da corrida, ndr) recorda-me que não se pode prever nada", disse, lamentando as numerosas quedas que deixaram marcas em Remco Evenepoel e Jonas Vingegaard, particularmente, nas últimas semanas.

"Espero que eles recuperem o mais rapidamente possível. Mas aprendi por experiência própria que recuperar de um acidente demora muito tempo. O corpo não recupera tão rapidamente como a cabeça", argumentou o bicampeão da Volta a França (2020 e 2021).

"Pensa-se que está tudo bem, mas não é assim tão simples. O corpo tem os seus limites. Apesar de tudo, não me considero o favorito para o Tour porque o desafio que tenho pela frente é imenso", continuou, enquanto o belga Evenepoel garantiu na sexta-feira que estaria pronto para a grande prova de julho.

O esloveno também reiterou a sua ambição de vencer "todas as grandes corridas do calendário", tendo já inscrito o seu nome nos palmarés de três Monumentos: a Volta à Flandres (2023), Liège (2021) e a Volta à Lombardia (2021, 2022, 2023).

"Milão-Sanremo é, sem dúvida, o Monumento mais imprevisível e complicado de ganhar. Mas estou cada vez mais perto da vitória depois do meu 3.º lugar nesta primavera", disse.

"Quanto a Paris-Roubaix, que é a corrida que provavelmente menos me convém, ainda tenciono enfrentá-la. Mas é só daqui a uns tempos", concluiu o fenómeno de 25 anos.