Volta a França de 2024 com percurso atípico e muitas incertezas

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Volta a França de 2024 com percurso atípico e muitas incertezas
Christian Prudhomme criou um percurso especial
Christian Prudhomme criou um percurso especialAFP
A Volta a França de 2024 começará em Itália e terminará em Nice, numa Grande Boucle de três semanas que oferecerá uma série de armadilhas e, aconteça o que acontecer, coroará um bom trepador. É um percurso feito para os líderes da última edição.

Seis chegadas em alto, a maior parte das quais na segunda metade da corrida: o percurso da Volta a França de 2024 promete uma grande batalha. Mas a tendência para a redução do número de quilómetros de contrarrelógio mantém-se, com 58 quilómetros em dois percursos, incluindo - como previsto - um na última etapa do Tour, entre o Mónaco e Nice. 

A oportunidade de rever os famosos oito segundos entre Greg LeMond e Laurent Fignon, em 1989, foi dada por esta chegada à Côte d'Azur, consequência da realização dos Jogos Olímpicos na capital. No entanto, podemos legitimamente interrogar-nos se o suspense se manterá na manhã da chegada e, por conseguinte, se este contrarrelógio, que substitui a tradicional procissão, terá algum interesse.

Foi o que aconteceu em 2020, quando, na véspera da chegada, Tadej Pogacar perturbou Primoz Roglic. Mas a edição deste ano terá uma etapa bastante dantesca, com o ponto alto no topo do Col de la Couillole e os seus 15,7 km de subida com uma inclinação média de 7,1%. Uma subida dura, no final de uma etapa com mais de 55 km de subidas. O suficiente para matar o suspense antes do contrarrelógio.

A outra incerteza virá logo após a partida. Depois de três dias de Dolce Vita em Itália, o regresso a França será brutal: uma subida de 40 km até Sestrières, depois, mais tarde, já no cume mais alto do Tour, no Col du Galibier, antes de uma descida em Valloire.

Uma grande etapa no papel, mas é de temer, dado que se trata apenas da quarta etapa, que a grande batalha entre os grandes nomes esperada para esse dia não tenha lugar.

Quanto ao resto, as etapas dos Pirinéus prometem muito. Quer seja a etapa do Tourmalet, para começar com a sobremesa. Ou a seguinte, com seis subidas, incluindo a sempre traiçoeira subida final para o Plateau de Beille. Todos os ingredientes para uma grande batalha. A etapa íngreme e rápida do Maciço Central também promete um grande espetáculo.

Por fim, o final do percurso e o regresso aos Alpes do Sul oferecerão três chegadas em alto em quatro dias, antes do famoso contrarrelógio final. Tudo isto pode fazer uma grande diferença, ou mesmo garantir o pódio final. Mesmo assim, se o espetáculo etapa a etapa estiver presente, há receios quanto à luta pela classificação geral, que deverá terminar num curto espaço de tempo. Resta saber quem estará lá, mas para já, mantemo-nos cautelosos.