Bayern 1-0 Arsenal
Dias depois de ter perdido a coroa de campeão alemão no fim-de-semana, o Bayern agarrava-se à tábua de salvação de uma época atípica para um dos clubes mais dominadores do futebol europeu. Os bávaros contavam com uma Allianz Arena cheia para eliminar o Arsenal nos quartos de final da Liga dos Campeões e continuar a lutar contra aquela que pode ser a primeira época sem troféus com 12 anos.
Com Neuer de novo na baliza e Raphael Guerreiro a jogar mais avançado que o normal (Mazraoui foi adaptado a lateral-esquerdo), o Bayern apresentou um figurino sólido. Já no Arsenal, Arteta mexeu também no lado canhoto da defesa, desta feita com Tomyiasu a ser o escolhido para ocupar a vaga que foi de Kiwior na primeira mão.
A partida teve contornos inesperados no primeiro tempo. Pese embora o facto de jogar em casa, o Bayern apresentou-se com um bloco médio baixo, mais preocupado em frustrar as tentativas de construção de bola do Arsenal, sobretudo com Harry Kane e Musiala a impedirem que a bola chegasse a Jorginho. No outro lado, o Arsenal tentava construir, mas acabava sempre por encontrar obstáculos e raramente conseguia ligar ao ataque.
Num jogo de nervos, a primeira parte acabou por não ter grandes oportunidades. David Raya e Manuel Neuer mostraram reflexos atentos aos disparos de Jamal Musiala e Martin Odegaard, mas fora isso a emoção andou longe das balizas.
No segundo tempo, com o Arsenal a começar a crescer, mas sem arriscar muito, o golo acabou por surgir na outra baliza. E por um dos nomes que foi um dos esteios do período de ouro dos bávaros: Joshua Kimmich.
Numa jogada de insistência, Raphael Guerreiro agarrou a bola na esquerda e cruzou para a área onde apareceu Joshua Kimmich a cabecear para o fundo das redes. Irrompeu a Allianz Arena num momento de festa que foi raro esta temporada.
Após o golo, o Arsenal balanceou-se para a frente. Arteta fez sair do banco Gabriel Jesus, Leandro Trossard e Eddie Nketiah, mas os londrinos pareceram quase sempre ter muitas dificuldades em chegar à área de um Manuel Neuer que deu uma autêntica lição na baliza, quer a defender, quer na altura de passar a bola.
O Bayern agarrou-se com tudo à marga vantagem. Tuchel sentiu a importância do momento – lançou Kim Min-Jae e Upamecano nas únicas duas alterações que fez – e pôde suspirar de alívio.
São os alemães que seguem em frente, como é habitual nas eliminatórias com o Arsenal. Vão estar nas meias-finais, quatro anos depois, onde esperam Real Madrid ou Manchester City.
