"Estou orgulhoso de ser o treinador desta equipa, porque fomos superiores a uma equipa fresca que não tinha jogado na Europa. Dominámos o jogo e perdemos por causa de episódios. Apesar das nossas limitações, fizemos um jogo muito bom. Não se pode tirar os episódios, que fazem parte de um jogo e decidem o resultado, mas na primeira parte controlámos o jogo", começou por dizer José Mourinho no final do jogo.
"O primeiro golo foi um episódio porque houve um jogador nosso que perdeu a bola, o Abraham que não conseguiu marcar uma falta e outros que não marcaram bem na defesa. Na segunda parte, depois do 2-1, tive a sensação de que havia uma hipótese de empatar. Mas mais uma vez houve um episódio que decidiu o desafio", assinalou o treinador da Roma, estendendo os elogios aos adeptos da Roma.
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"Os adeptos, dos quais Francesco Totti é um dos mais representativos, estão orgulhosos deste grupo: terminámos o jogo com nove homens e acertámos uma bola no poste. É difícil ser crítico com uma equipa como a minha. Não quero dizer que o resultado não é justo, mas quanto à atitude daqueles que entraram em campo desde o início ou depois, estou satisfeito. O que é que eu quero dizer ao Totti que me felicitou? Se lhe chamo capitão, ele tem de me chamar 'tu'. Não podemos fazer milagres, mas um milagre entre aspas é a empatia entre esta equipa e vocês, os adeptos. As pessoas compreendem que esta é uma equipa, independentemente dos resultados, das lesões e de tudo o resto", afirmou José Mourinho, explicando as mudanças que fez na equipa.
"Contra a Atalanta tentei proteger quem estava mais cansado depois de quinta-feira: foi por isso que Matic, Spinazzola e Dybala começaram no banco. Agora Smalling e Llorente estão de fora e sem eles vai ser muito difícil. Talvez uma derrota contra o Feyenoord tivesse sido melhor para lutar até ao fim para ficar entre os quatro primeiros... Mas não estou habituado a escolher entre a Europa e o campeonato", lembrou o treinador português.
"Não estou habituado a sair da Europa para me concentrar na Série A. Se o tivesse feito, nesta altura só teríamos sete jogos e poderíamos concentrar-nos apenas neles. É verdade, na minha carreira estou habituado a ter jogadores de topo, com 22/24 titulares intermutáveis. Antes tiraria o Benzema e colocaria o Higuaín.... É algo que não é possível aqui, mas queremos ir em frente nas duas competições. Sei que há o risco de não ganhar a Liga Europa e ficar fora dos quatro primeiros da Liga, mas também há a possibilidade de ganhar a Taça e ficar nos quatro primeiros. E eu prefiro dizer que não perdemos nem por causa do sol nem por causa do árbitro. Não somos um clube poderoso para exercer pressão", afirmou José Mourinho.