Chelsea 4-0 Preston North End
O Chelsea assumiu o controlo total da posse de bola desde o início, quando aponta a conquistar o primeiro título da Taça de Inglaterra desde 2018. No entanto, os Blues foram laboriosos com a bola e uma equipa mais dinâmica do Preston quase levou os seus 6.000 adeptos em viagem ao delírio aos 20 minutos, quando Will Keane controlou na borda da área e disparou para defesa de Đorđe Petrović.
Esse tiro de advertência dos Lillywhites rapidamente despertou o Chelsea para a ação. Raheem Sterling foi o primeiro a obrigar Freddie Woodman a uma defesa de ponta de dedo com um remate ascendente, antes de Cole Palmer controlar habilmente a bola longa de Enzo Fernández para a frente e disparar a centímetros de distância. Os homens de Ryan Lowe mantiveram-se firmes, no entanto, e continuaram a parecer perigosos no intervalo, com Milutin Osmajić a correr para a área e a disparar em direção ao canto inferior, apenas para Petrović desviar a tentativa.
O intervalo funcionou a favor dos Blues, e os homens de Mauricio Pochettino começaram a mostrar a qualidade de uma equipa invicta há seis jogos em casa. Não demorou muito para que eles abrissem o marcador, com Armando Broja a encerrar uma sequência de 11 jogos sem marcar. Subiu mais alto na área para desviar o cruzamento de Malo Gusto. O Preston começou a cansar-se e o Chelsea aproveitou para marcar mais duas vezes de seguida. O substituto Thiago Silva teve muito espaço para correr para o canto de Palmer e cabecear ao ângulo superior, momentos antes de Sterling garantir a passagem à quarta ronda com um livre de 20 metros.
Enzo Fernández marcou o quarto golo no final da partida, coroando uma exibição dominante, com a equipa de Pochettino a somar três vitórias consecutivas pela primeira vez desde o início de outubro. O Preston ficará desapontado depois de não ter aproveitado as oportunidades que teve no primeiro tempo, mas as três derrotas consecutivas sem marcar golos serão uma preocupação para Ryan Lowe, que está sob crescente pressão pelo seu emprego à medida que a sua equipa se afasta da Taça de Inglaterra.
Middlesbrough 0-1 Aston Villa
Apesar de ter entrado na competição como terceiro classificado da Premier League, o Aston Villa sabia que uma vitória na Taça de Inglaterra estava longe de ser um dado adquirido, depois de uma série de sete eliminações consecutivas na terceira ronda. Com os Villans desesperados para pôr fim a esse período de seca, Jhon Durán ameaçou dar à sua equipa uma vantagem inicial quando obrigou Tom Glover a uma defesa atenta. Quando o primeiro tempo se aproximava da meia-hora, o colombiano decidiu tentar a sua sorte de longe, mas acabou por ser travado pelo guarda-redes do Boro pela segunda vez.
Depois de passar a maior parte do primeiro tempo fora da sua área, os anfitriões finalmente ameaçaram com Morgan Rodgers, que chutou direto para Emiliano Martínez de um ângulo estreito. Sem que nenhuma das duas equipas conseguisse desbloquear a partida antes do intervalo, os Villans tentaram impor a sua autoridade no início da segunda parte, com três pontapés de canto em sequência. Primeiro, a bola foi trabalhada até à entrada da área para John McGinn, que conseguiu uma excelente defesa de Glover. O defesa Ezri Konsa viu depois o seu cabeceamento acertar no poste, momentos antes de Àlex Moreno, sem marcação, rematar com força por cima da barra.
Depois de ver a sua equipa ser mantida à distância durante 70 minutos, Unai Emery recorreu ao seu banco para tentar quebrar a resistência do Middlesbrough, introduzindo Nicolò Zaniolo, Douglas Luiz, Moussa Diaby e o melhor marcador do clube, Ollie Watkins. Zaniolo esteve muito perto de marcar um golo na sua estreia na Taça de Inglaterra, quando rematou de pé esquerdo e fez chiar o poste mais distante de Glover.
A falha quase foi esquecida rapidamente quando Matty Cash deu o golpe decisivo, enviando um remate de longa distância para o canto inferior com a ajuda de um desvio maléfico. Enquanto o Villa pode esperar pelo sorteio da quarta ronda, o Boro terá de se recompor rapidamente para uma meia-final da Taça da Liga contra o Chelsea.
Sunderland 0-3 Newcastle
Enquanto os primeiros momentos do primeiro clássico de Wear-Tyne em oito anos foram um pouco adversos em campo, uma atmosfera barulhenta nas bancadas estava a proporcionar entretenimento mais do que suficiente. A ordem do jogo era sangue e luta, mas havia a sensação de que era necessário um momento de magia para incendiar a partida - algo que Sean Longstaff quase proporcionou em duas ocasiões, mas os dois remates nunca ameaçaram quebrar o impasse.
Na verdade, foi mais um golpe de sorte que abriu o marcador - e o Newcastle foi o beneficiado. Joelinton foi o arquiteto, partindo pela esquerda, e enquanto Alexander Isak esperava para tocar na bola, Dan Ballard não lhe deu hipótese, colocando a bola na própria baliza, debaixo do nariz do sueco. O Newcastle foi entrando no jogo à medida que este se desenrolava, e pode considerar-se um pouco azarado por não ter levado uma vantagem de dois golos para o intervalo, quando o remate acrobático de Miguel Almirón passou rente à trave.
Na verdade, o Sunderland já estava satisfeito com o facto de estar a perder por apenas um golo, mas um minuto depois do recomeço deu um tiro no pé. Pierre Ekwah foi surpreendido por Almirón na entrada da área, que fez o cruzamento para Isak bater para o canto da baliza. A equipe de Michael Beale não se abalou muito e quase respondeu de imediato, quando o foguete de Alex Pritchard bateu no travessão.
Pritchard parecia mais propenso a conseguir um golo de honra para os anfitriões e, pelo menos, obrigou Martin Dúbravka a fazer a sua primeira ação significativa da tarde a 15 minutos do fim, quando afastou o seu remate em arco. Foi o mais perto que o Sunderland ficou de salvar um pouco do seu orgulho, que podia ter ficado ainda mais infeliz quando Isak converteu de penálti. O Newcastle foi o grande beneficiado com a vitória, que não só aliviou a pressão sobre Eddie Howe, mas também acabou com uma sequência de nove jogos sem vencer o rival.
Milwall 2-3 Leicester
Duelo entre equipas do Championship (segunda divisão) na terceira ronda da Taça de Inglaterra. E o líder Leicester confirmou o favoritismo frente a um Milwall que vinha de três vitórias consecutivas.
A vitória das raposas construiu-se com um golo português. Casadei (16 minutos) abriu o ativo e depois assistiu Ricardo Pereira (39 minutos), que concluiu uma bela jogada individual.
No segundo tempo, Duncan Watmore (56 minutos) ainda reduziu para o Milwaal, mas Thomas Cannon (61 minutos) tratou de repor a diferença em dois golos novamente para o Leicester. O golo de Zian Flemming (86 minutos) ainda fez sonhar o the Den, mas o empate não chegou.
O Bournemouth e o Brighton, que disputam a Premier League, passaram para aos oitavos de final.
O Bournemouth recuperou de uma desvantagem de dois golos ao intervalo para vencer o QPR, da segunda divisão, por 3-2, com golos de Marcus Tavernier, Kieffer Moore e Justin Kluivert. Inspirado pelos dois golos de João Pedro, o Brighton venceu o Stoke por 4-2, apesar de estar a perder desde o início.
O Sheffield United, lanterna da Premier League, venceu o Gillingham, da quarta divisão, por 4-0.
O Chesterfield, que lidera a quinta divisão nacional, ainda surpreendeu o Watford e esteve mesmo na frente do marcador em Vicarage Road, mas acabou derrotado por 1-2.
Outros resultados:
Sheffield Wednesday 4-0 CardiffSwansea 2-0 MorecambeBlackburn 5-2 Cambridge UnitedHull 1-1 BirminghamNewport 1-1 EastleighNorwich 1-1 Briston RoversPlymouth 3-1 SuttonSouthampton 4-0 WalsallAFC Wimbledon 1-3 IpswichCoventry 6-2 Oxford UnitedMaidstone 1-0 Stevenage