O espanhol, que joga este fim de semana no evento LIV Golf's Miami em Doral, ultrapassou uma desvantagem de quatro pancadas no último dia do ano passado, para derrotar os americanos Brooks Koepka e Phil Mickelson por quatro pancadas.
Na semana passada, viajou para Augusta e, além de jogar no campo, tirou algum tempo para apreciar o cenário do seu segundo grande triunfo.
"Queria voltar pelo menos uma vez antes da Masters Week. Não queria que a primeira vez que voltasse ao Augusta National fosse na semana do torneio, queria tirar muitas das emoções do caminho e também ver o campo e ver se tinham feito algumas alterações", disse Rahm.
"Estava a tentar ver o campo de golfe, aprender algumas coisas novas e saber o que mudaram. Mas, acima de tudo, na minha mente, foi apenas sentir essas emoções e estar de volta, ir ao balneário dos campeões e ver o meu nome lá em cima", acrescentou.
Em dezembro, Rahm juntou-se a Koepka e Mickelson no circuito LIV, apoiado pela Arábia Saudita, o que foi um grande golpe para o PGA Tour.
O jogador de 29 anos também se encontra na rara posição de jogar num torneio na semana anterior ao Masters, mas disse que estava contente por o calendário lhe ter dado essa oportunidade.
"No final do dia, é a forma como se tira partido da situação e como se prepara para esta semana. Na verdade, fiquei contente por ter um torneio esta semana porque, ao defender o Augusta, é realmente o primeiro grande campeonato que estou a defender (no mesmo) local", disse.
"Estar em casa esta semana poderia ter sido um pouco mais difícil para tentar controlar esses pensamentos. Mas, tendo competição, estamos aqui para fazer o nosso trabalho e é um ótimo treino para a próxima semana. Penso que, em todos os aspectos, vai ajudar", explicou.
Rahm ainda não ganhou no LIV Tour, mas disse que vai para Augusta em boa forma.
"Sinto que estou a jogar um golfe muito bom, mas ainda não ultrapassei a barreira da vitória, por isso sinto-me confiante. Sinto-me igualmente confiante no meu jogo, praticamente em qualquer dia do ano", disse.
"Penso que é assim que qualquer concorrente deve estar, mas é apenas a diferença de como tenho jogado nos últimos meses. Sinto-me confortável, um pouco mais fresco, se é que há alguma coisa, para as próximas semanas, por isso estou ansioso por isso", acrescentou.
Uma coisa com que ainda não se sente confortável é com o discurso que tem de fazer no Jantar dos Campeões, na terça-feira. Rahm já escolheu o seu menu temático basco para os antigos vencedores reunidos, mas diz que o discurso será um desafio.
"Fazer parte do grupo restrito de pessoas que ganharam o torneio, vestir o casaco verde com orgulho e ser o responsável pela ementa é incrível", afirmou.
"É sem dúvida um dos pontos altos da semana mas, por alguma razão, é algo que me deixa nervoso. Não faço ideia porquê. Mas parece-me um pouco assustador ter de me levantar à frente daquele grupo e fazer um discurso, apesar de saber que cada um deles já esteve na minha posição, alguns deles mais do que uma vez. Não sei, parece-me que vamos estar naquela sala com as lendas do jogo, ainda activas e não activas, e isso é algo muito fixe para poder dizer e partilhar", assumiu.