Depois do Masters 1.000 de Monte Carlo, está lançada a época de terra batida

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Depois do Masters 1.000 de Monte Carlo, está lançada a época de terra batida
A época de terra batida começou da melhor forma para Andrey Rublev
A época de terra batida começou da melhor forma para Andrey RublevAFP
O Masters 1.000 de Monte Carlo, o primeiro torneio da época em terra batida, que antecede Roland Garros (28 de maio a 11 de junho), não prefigura necessariamente o que está para vir.

Um bom começo

A vitória de Andrey Rublev, 6.º colocado do ranking ATP, foi uma meia-surpresa. O russo, duas vezes quarto classificado em Roland Garros, em 2020 e 2022, já tinha jogado duas finais do Masters 1.000 em 2021, em Monte Carlo e Cincinnati, tendo perdido ambas.

"Sinto que posso melhorar muito. Hoje, ganhei o título. O objetivo continua a ser o mesmo: trabalhar arduamente e na direção atual para tentar melhorar o máximo possível", disse, no domingo, após uma vitória em três sets sobre Holger Rune.

Já o dinamarquês confirmou que pretende dotar-se dos meios para alcançar as suas ambições de se tornar o melhor, depois de ter desperdiçado um duplo ponto de break para liderar por 5-1 no último parcial. "Sim, mas não o consegui fechar (...). Tenho de ver o que fiz mal, o que posso fazer melhor, e seguir em frente porque o torneio mais importante em terra batida é o Open de França e o que importa é estar pronto para esse torneio", disse.

Vencedor do Masters 1.000 em Paris, em novembro, no qual bateu Novak Djokovic na final, Rune, que celebrará o seu 20.º aniversário a 29 de abril, pode orgulhar-se de ter dominado claramente Daniil Medvedev (4.º) e Jannik Sinner (8.º) em Monte Carlo. Este último também fez uma transição bem sucedida do piso duro norte-americano (conseguiu a meia-final em Indian Wells e a final em Miami) para a terra batida, mesmo que não tenha conseguido chegar às meias-finais no Principado depois de uma dura batalha com Rune.

Um arranque menos positivo

A situação de Rafael Nadal é preocupante. O rei da terra batida, que caiu para o 14.º lugar da hierarquia mundial, desistiu à última hora de jogar no Mónaco, onde detém o recorde de títulos (11). E durante o torneio, anunciou também a sua retirada de Barcelona, por não estar ainda totalmente recuperado da lesão na anca que sofreu aquando da sua segunda derrota no Open da Austrália, em janeiro.

Só lhe restam os Masters 1.000 de Madrid e Roma antes de Roland Garros, onde irá almejar um 15.º troféu, para se afastar de Djokovic, com quem partilha o recorde de títulos do Grand Slam (22). Faz 37 anos no dia 3 de junho, no meio de um major sobre terra batida.

Carlos Alcaraz (2.º) também prolongou a sua convalescença, em detrimento da sua participação em Monte Carlo. Mas, ao contrário do seu compatriota, o jovem espanhol, que fará 20 anos no dia 5 de maio, tem prevista a participação em Barcelona. No ano passado, após uma dura digressão norte-americana, foi eliminado em Monte Carlo antes de ganhar Barcelona e Madrid.

A incerteza em torno de Djokovic. Uma lesão sofrida no seu braço direito, num treino realizado dois dias antes do seu primeiro jogo em Monte Carlo, ter-lhe-á provavelmente cortado o caminho. O sérvio, que no Mónaco ganhou apenas dois dos seus 38 títulos de Masters 1.000, apareceu particularmente abatido após a sua derrota na primeira ronda. "Não tenho a certeza de como me sinto depois de jogar assim", disse, não querendo falar sobre a mazela.

Stefanos Tsitsipas (5.º) também caiu. O até aqui bicampeão em título tinha proclamado o seu amor pela terra batida antes do início do torneio, mas foi travado pelo norte-americano Taylor Fritz (10.º), que não é grande fã desta superfície.

O norueguês Casper Ruud (3.º) parece estar longe do nível que lhe permitiu ser finalista em Roland Garros, no ano passado. Depois de ganhar o Estoril Open, caiu sem glória na primeira ronda em Monte Carlo contra Jan-Lennard Struff (64.º).

Um Alexander Zverev encorajado

Alexander Zverev (16.º) não joga em terra batida desde que foi obrigado a retirar-se das meias-finais de Roland Garros, no ano passado, abrindo caminho ao triunfo final de Nadal. O alemão só regressou à competição em janeiro, na Austrália, e admitiu no Principado que ainda não estava ao nível do Open de França do ano passado, quando jogou "o melhor ténis da (sua) vida".

"Preciso de me habituar a jogar novamente em terra batida, a deslizar", revelou, após a sua vitória na primeira volta sobre o fantasioso Alexander Bublik. Depois, deixou para trás Roberto Bautista, antes de perder diante de Daniil Medvedev (4.º).

Medvedev confirmou no Mónaco que não gosta desta superfície, mas também salientou que acredita ser capaz de obter bons resultados. Chegou aos quartos de final, onde não conseguiu vencer Rune. "Ganhei a alguns bons jogadores de terra batida", destacou, sublinhando que o duelo contra Zverev foi "mágico".