A UCI não confirmou quais os comentários feitos pelo belga de 69 anos que foram visados, dizendo apenas à AFP que "as infrações mencionadas dizem respeito a incidentes relatados em 2023". O caso não tem, portanto, a ver com a polémica de fevereiro passado, quando, numa entrevista à revista belga HUMO, Lefevere atacou Julian Alaphilippe e a sua companheira Marion Rousse.
Criticando o estilo de vida do seu ciclista francês, com "demasiadas festas e demasiado álcool", acrescentou que Alaphilippe estava "sob o controlo de Marion" Rousse, que é também direcora da Volta a França feminina, e pediu-lhe para "largar a trela".
"Na sequência de um relatório relativo ao Sr. Patrick Lefevere (...) por comentários públicos considerados denegridores para com as mulheres, a Comissão de Ética confirmou que foram cometidas violações dos artigos 5 e 6.1 do Código de Ética da UCI em dois casos", declarou o organismo num comunicado na quinta-feira.
Em consequência, a UCI "pediu ao Sr. Lefevere que fizesse uma declaração pública reconhecendo a natureza inapropriada das suas declarações e pedindo desculpa pelas mesmas".
Se não fizer uma declaração pública, o belga será multado em 20.000 francos suíços (cerca de 20.800 euros), que também serão impostos se cometer uma "violação semelhante do Código de Ética da UCI nos próximos três anos", acrescentou o órgão.