Rali de Portugal: Elfyn Evans diz que é possível vencer “abrindo a pista”

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Rali de Portugal: Elfyn Evans diz que é possível vencer “abrindo a pista”
Evans falava na conferência de imprensa de lançamento da 56.ª edição da prova portuguesa
Evans falava na conferência de imprensa de lançamento da 56.ª edição da prova portuguesaRali de Portugal
O piloto britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris), líder do Mundial de ralis, defendeu esta quinta-feira que “não é fácil começar o Rali de Portugal a abrir a estrada”, mas recordou que Kalle Ronvaperä “mostrou, no ano passado, que é possível”.

Evans falava na conferência de imprensa de lançamento da 56.ª edição da prova portuguesa, que este ano é a quinta ronda do Campeonato do Mundo. O piloto britânico explica que a chave da vitória está em conseguir “o equilíbrio entre ser rápido e cuidar do carro”.

Já o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20), sentado ao seu lado, mostrou a outra face da moeda. O piloto catalão não está a disputar a totalidade do campeonato e, por isso, será apenas o oitavo a partir na sexta-feira, o que também pode trazer consequências negativas.

É que se o primeiro em pista tem a missão de limpar os pisos de terra da primeira camada de gravilha, que proporciona menos aderência aos pneus, os pilotos mais atrasados enfrentam as pistas mais destruídas. “Normalmente, há mais vantagens em sair atrás, mas aqui há muitas pedras e mesmo o pó dos outros pilotos torna a pilotagem complicada”, sublinhou Sordo.

O piloto espanhol assegura que não há margem para grandes taticismos. “Tem de se ir pé a fundo desde o início. Desde que se põe o capacete tenta-se ser o mais rápido possível”, garantiu.

Os dois pilotos mostraram-se sintonizados, contudo, quando inquiridos sobre as mudanças necessárias para tornar o campeonato mais apetecível para os fãs e audiências, à semelhança do que tem feito a Fórmula 1 nos últimos anos.

“Temos de mudar muitas coisas. Temos de trazer mais construtores, mas, para isso, é preciso modificar alguma coisa, para podermos ter mais pilotos a lutar pelos primeiros lugares”, disse Dani Sordo, lembrando que “a F1 tem construído um ambiente à volta das corridas, como aconteceu agora em Miami”.

Já Evans concordou que “há muito trabalho para fazer”. “O principal é que os dias estão mais compridos e as provas mais curtas. Talvez devamos estudar um formato diferente (para as provas)”, disse.

Por sua vez, o britânico Richard Milner, responsável desportivo da equipa M-Sport, da Ford, no Campeonato do Mundo, frisou que é preciso todos os intervenientes e equipas “trabalharem em conjunto” para melhorar o Mundial.

O britânico descartou, para já, a possibilidade de o francês Sébastien Loeb regressar à M-Sport, cujas cores defendeu no ano passado em algumas das provas do campeonato.

“Temos recursos limitados e, para já, vamos concentrá-los em apoiar o Ott (Tänak) e o Pierre (Loubet)”, disse, notando que a luta pelo Mundial de Construtores “está longe” e não será “realístico ter um terceiro carro” nestas condições.