O espanhol juntou-se à Gresini Racing em outubro, terminando uma associação de 11 anos com a Honda, que tem lutado para acompanhar as motos da Ducati nas últimas épocas.
O fabricante italiano dominou o Moto GP no ano passado e, embora Márquez tenha dito que as expectativas eram "super altas", estava ciente das suas lutas nos últimos quatro anos.
"Não pretendo ganhar desde o início porque seria um grande erro", disse aos jornalistas na quinta-feira, antes do Grande Prémio do Catar, que abre a época.
"Chego a um construtor onde há dois ou três tipos que estão a conduzir esta mota muito depressa e muito bem. Preciso de aprender com eles. Também não nos podemos esquecer que todos os atletas têm o seu momento e depois começam a cair. Depois, é preciso trabalhar cada vez mais para evitar essa queda".
Márquez ganhou o seu último título em 2019 antes da sua carreira ser prejudicada por uma lesão na corrida de abertura da temporada de 2020, que o deixou de fora pelo resto do ano.
O espanhol tem lutado desde que voltou e sua última vitória numa corrida aconteceu apenas em outubro de 2021.
Questionado sobre se o seu desempenho tinha diminuído, Márquez disse: "Eu vou entender este ano. No ano passado, estava a sofrer, mas ainda era o primeiro piloto da Honda", lembrou.
"Durante sete anos ganhei seis campeonatos e um ano fiquei em terceiro. 2020 mudou a minha vida. Desde então, tem sido um pesadelo. Agora tenciono responder a muitas perguntas a mim próprio".
"Não preciso de responder a todas as perguntas na primeira corrida. O que eu quero é sentir-me novamente competitivo. Isso não significa ganhar o campeonato, significa lutar pelas cinco ou seis primeiras posições", completou.