Quando o jogo terminou, o Espanhol pediu à Comissão Técnica de Árbitros a imagem ou sequência que sustentava a atribuição desse golo, depois de o mesmo ter sido validado pelo VAR e corrigido a primeira decisão de Melero López, o árbitro da partida.
Clos Gómez, responsável pelo VAR, recusou-se a fornecê-la, alegando que as regras não o permitem, embora, segundo o Espanhol, tenha confirmado que"a imagem utilizada para anular a decisão do árbitro e validar o segundo golo do Atlético foi a que apareceu na produção televisiva, a da chamada spider cam".
Perante esta resposta, o Espanyol considera que, com esta imagem, e na perspectiva adoptada,"é impossível determinar se a bola entrou ou não na sua totalidade". Afirma ainda que, de acordo com a sua própria análise e a de terceiros, "a bola não cruzou a linha de golo na sua totalidade em nenhum momento".
"Adulteração do jogo"
Consideram ainda que a correção da decisão do árbitro sem uma única prova concludente equivale a "adulteração do jogo e manifesta negligência na aplicação das regras e na utilização da tecnologia disponível, resultando em danos irreparáveis para o nosso clube".
Recordam que, com o precedente da sequência tendenciosa da expulsão de Vinicius Jr em Valência, "este novo paradigma deveria ter sido utilizado, em nossa opinião, no caso em questão". Assim, "o RCD Espanhol considera que os seus direitos foram violados e sentimo-nos gravemente prejudicados, pelo que iremos proceder, consequentemente, à impugnação do jogo disputado ontem e solicitar, por isso, que seja declarado nulo".
Para o clube catalão, o que está a ser denunciado perante o Comité de Competição da RFEF "é a existência de negligência grave por parte da equipa de arbitragem nomeada para o referido jogo e, especificamente, por parte dos árbitros do VAR nomeados pela RFEF, que por sua vez resultou num erro material manifesto e flagrante, gerando danos irreparáveis para o RCD Espanhol, tanto desportivos como potencialmente financeiros".