O espanhol deu o salto lucrativo para o circuito rebelde em dezembro passado, enquanto o PGA Tour e os apoiantes sauditas do LIV Golf estavam aparentemente a trabalhar para finalizar um acordo de parceria definitivo que ainda não se concretizou.
Em declarações aos jornalistas no Augusta National Golf Club, antes da defesa do título do Masters, esta semana, Rahm, número três do mundo, admitiu que parte da sua motivação para se juntar ao LIV Golf foi o facto de este poder desempenhar um papel na reunificação do desporto fraturado.
"Compreendi a minha posição, sim. E percebi que poderia ser, como eu esperava, um passo em direção a algum tipo de acordo, sim. Ou mais um acordo ou um acordo acelerado", disse Rahm: "Mas, infelizmente, não depende de mim. Mas espero que seja algo que ajude a acelerar o processo. Mas, no fim de contas, fiz o que achei melhor para mim."
Desde então, o PGA Tour assegurou um investimento de 3 mil milhões de dólares numa nova entidade com fins lucrativos de um consórcio de proprietários de equipas desportivas dos Estados Unidos da América, no âmbito de um acordo que permite o co-investimento do Fundo de Investimento Público.
Rahm, que ganhou mais de 51 milhões de dólares (47 milhões de euros) no PGA Tour, aceitou uma proposta de 300 milhões de dólares (276 milhões de euros) para se juntar à LIV Golf oito meses após o seu triunfo no Masters. O espanhol reconheceu que essa decisão vai alterar o seu legado.
"Bem, felizmente ainda é bastante cedo na minha carreira para estar a pensar no legado. Por isso, não é algo que tenha constantemente em mente", disse Rahm: "Quero dizer, será que vai mudar? Sim. É um pouco um desvio no meu caminho. Mas a mudança pode ser melhor."
Agora que o LIV Golf abandonou a sua candidatura aos pontos da classificação mundial, que desempenham um papel importante na determinação da entrada nos quatro majors do golfe, Rahm quer que os decisores encontrem uma forma de garantir que os melhores jogadores do jogo continuam a encontrar-se nos eventos da faixa azul.
Quando lhe perguntaram como é que isso poderia acontecer, sugeriu que seria melhor deixar a solução para outros.
"Há muitas pessoas muito mais inteligentes do que eu que poderiam resolver isto de uma forma muito mais eficiente. Mas a resposta óbvia é que tem de haver uma forma de certos jogadores, seja qual for o circuito, poderem ganhar o seu lugar. É a única coisa que posso dizer. Não sei o que é que isso significa. Mas tem de haver uma forma justa de todos competirem", concluiu.