O piloto da Red Bull lidera o campeonato à frente do colega de equipa mexicano Sergio Perez, após duas vitórias em três corridas em 2023, e poderá conquistar um terceiro título com muita folga.
Este fim-de-semana, no Azerbaijão, realiza-se a primeira de seis corridas de sprint na temporada de 23 etapas, com a corrida de 100 quilómetros de sábado a ser agora um evento autónomo com a sua própria qualificação e sem ligação à corrida principal de domingo.
No próximo ano, haverá provavelmente 24 corridas - um recorde na competição -, com a China a regressar após um interregno de quatro anos devido à COVID-19.
Verstappen não é um grande fã de sprints e pensou cuidadosamente quando foi questionado pelos jornalistas em Baku sobre o novo formato e o alargamento do calendário.
"Se continuarmos a alargar o calendário e o fim-de-semana for assim tão longo, a certa altura perguntamo-nos se vale a pena", disse o piloto holandês.
"Eu gosto de correr, gosto de ganhar. Sei que, claro, com o salário e tudo o mais, temos uma boa vida, mas será que é mesmo uma boa vida? Penso que, por vezes, chegamos a uma altura da nossa carreira em que talvez queiramos fazer outras coisas".
"Sei que tenho um contrato até ao final de 2028 e depois voltaremos a analisar. Mas sinto que se chegar a um ponto em que é demasiado, então é altura de mudar", confessou.
Verstappen admitiu que pode parecer estranho para quem está de fora, para quem só vê a riqueza e as vitórias, mas admitiu que não está interessado em igualar ou bater o recorde de sete títulos de Michael Schumacher e Lewis Hamilton.
"Quero fazer outras coisas, outras competições. Um pouco como Fernando (Alonso) fez", disse.
Alonso, também duas vezes campeão mundial de F1, é também bicampeão das 24 Horas de Le Mans e participou nas 500 Milhas de Indianápolis.
O espanhol, agora com 41 anos, vai tentar alcançar o quarto pódio consecutivo com a Aston Martin em Baku este fim-de-semana.