Subjugado pelo poderio financeiro que consegue suportar no topo um PSG em constante convulsão, o campeonato francês está a ter duas figuras improváveis. Afastados da ribalta no início da temporada. Will Stilll e Didier Digard são os únicos treinadores que ainda não perderam na Ligue 1.
Uma invencibilidade que tem um custo oneroso para Reims e Nice, respetivamente. Sem as qualificações para exercerem a função de treinador principal no campeonato francês, os clubes estão obrigados a pagar uma multa de 25 mil euros durante cada partida. Feita as contas, Will Still (425 mil euros) e Didier Digard (250 mil euros) já estão perto do milhão de euros em coimas (valor que deverá ser ultrapassado até ao final da temporada), mas o retorno desportivo tem sido benéfico.
Em 17 jogos, o Reims de Will Still soma nove vitórias e oito empates, sendo que recentemente triunfou em casa do Mónaco. Já Didier Digard conseguiu seis triunfos e quatro empates em 100 jogos. Tudo isto colocou os dois clubes no sétimo e oitavo lugar, com 43 pontos, ambos a quatro do Rennes, primeira equipa em zona de apuramento para as competições europeias.
Curiosamente, os dois já se defrontaram nas duas voltas e ambos os jogos acabaram... empatados.
O fanático do FM e o ex-jogador
A história de Will Still é sobejamente conhecida (pode ler aqui uma entrevista Flashscore ao técnico) e uma das grandes novidades mediáticas da Ligue 1. Com apenas 30 anos, este fanático do jogo Football Manager enveredou pela carreira de treinador e entrou no Reims em 2021/22 pela mão do espanhol Óscar García, a quem sucedeu.
Já Didier Digard é um pouco mais conhecido que o colega belga. Antigo jogador, Digard conta com uma passagem pelo PSG, pela Premier League (Middlesbrough) e LaLiga (Bétis e Osasuna) além de seis temporadas no Nice. Internacional francês pelas camadas jovens, foi campeão da Europa sub-19. Estava a treinar a equipa secundária do Nice quando foi chamado a substituir o experiente Lucien Favre.