“Estava decidido a não intervir, porque essa intervenção já foi feitas em outras ocasiões, e não é bom ver na praça pública dois dos nossos melhores atletas, dois dos nossos cinco campeões olímpicos da modalidade envolvidos numa querela deste género. Não interviria se os atletas estivessem se não fosse isto, com acusações mútuas e comentários. Deviam privar-se disso, mas estão no direito de se expressarem. Contudo, vejo-me também obrigado a intervir depois das palavras de Nelson Évora: rejeito totalmente as acusações, já esclareci isto noutras ocasiões. A federação não teve sequer uma troca de palavras com o Pedro Pichardo antes de ele estar naturalizado. Não houve nenhum convite da nossa parte, nenhum aliciamento”, disse à Rádio Observador, na sequência da troca de acusações entre os dois atletas.
Visando Nélson Évora, Jorge Vieira garantiu completo apoio ao atleta português e justificou a naturalização diferente em relação ao de Pedro Pichardo.
"Houve tratamento diferente. Nelson Évora vem para Portugal com nove anos, não colhia nenhum argumento dentro da lei, não se esperava de uma criança de nove anos ou até ser júnior… não se poderia alegar neste período qualquer argumento para acelerar a naturalização. Teve de se esperar pela maioridade", atirou, frisando também para a emergência de novos valores: "Temos o Tiago Pereira, dos melhores do mundo, produto integralmente feito em Portugal. Espero que consiga chegar ao mesmo nível, porque está a treinar com o mesmo treinador que treinou Nelson Évora".